Publicado Quinta, 28 de Abril de 2022 às 08:49, por: CdB
A Rússia nega atacar civis desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Diz que alegações de que as forças russas executaram civis em Bucha, enquanto ocupavam a cidade, são "falsificação monstruosa" destinada a difamar o Exército.
Por Redação, com Reuters - de Kiev
Os corpos de 1.150 civis foram recuperados na região de Kiev, na Ucrânia, desde a invasão da Rússia, e 50% a 70% deles têm ferimentos de balas de armas pequenas, informou a polícia local nesta quinta-feira.
Polícia encontrou 1.150 corpos em Kiev desde início de invasão
O chefe da polícia regional de Kiev, Andriy Nebytov, afirmou, em vídeo postado no Twitter, que a maioria dos corpos foi encontrada na cidade de Bucha, onde centenas de cadáveres foram descobertos desde a retirada das forças russas.
A Ucrânia afirma que os civis encontrados em Bucha foram mortos pelas forças russas durante ocupação da área. À agência inglesa de notícias Reuters não conseguiu verificar o número de corpos em Bucha ou as circunstâncias dessas mortes.
Rússia
A Rússia nega atacar civis desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Diz que alegações de que as forças russas executaram civis em Bucha, enquanto ocupavam a cidade, são "falsificação monstruosa" destinada a difamar o Exército.
À Reuters pediu ao Ministério da Defesa russo comentários sobre a mais recente declaração da polícia de Kiev.
– Até o momento, encontramos, examinamos e entregamos a instituições forenses 1.150 corpos de civis mortos – disse Nebytov no vídeo, em que mostrou também escombros de prédios destruídos durante intensos combates na região de Kiev.
– Quero enfatizar que são civis, não militares – declarou.
O vídeo foi postado no dia em que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, mantém conversas em Kiev com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
A televisão ucraniana mostrou Guterres visitando a cidade de Borodyanka, onde Zelenskiy disse que a situação é "significativamente mais terrível" do que na vizinha Bucha.