Polícia Federal prende suspeito de fazer o Enem para outras pessoas

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Publicado Sábado, 30 de Março de 2024 às 13:15, por: CdB

A Justiça Federal decretou a prisão do estudante André Rodrigues Ataíde por falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato. A residência dele foi alvo de busca e apreensão na Operação Passe Livre.


Por Redação, com CartaCapital - de Brasília


A Polícia Federal prendeu, na sexta-feira, um aluno de Medicina da Universidade do Estado do Pará (campus Marabá) acusado de prestar o Enem no lugar de outros dois candidatos. A fraude funcionou e os estudantes que não participaram da prova foram aprovados para o mesmo curso da UEPA.




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O jovem foi encontrado em Belém, na casa de familiares, onde passava o feriado da Semana Santa

A Justiça Federal decretou a prisão do estudante André Rodrigues Ataíde por falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato. A residência dele foi alvo de busca e apreensão na Operação Passe Livre, deflagrada em 16 de fevereiro, na ocasião, contudo, os agentes não encontraram o suspeito.


Na sexta, ele foi capturado em Belém, na casa de familiares, onde passava o feriado da Semana Santa.



Documentos falsos


O advogado do estudante, Diego Adriano Freires, disse considerar que a prisão não seria necessária, uma vez que a liberdade de seu cliente “não prejudicará as investigações e nem se configura uma ameaça à garantia da ordem pública”.


A apuração da PF indica que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos estudantes inscritos no Enem. Quem fez a prova no lugar dos candidatos, segundo as investigações, foi o aluno da UEPA, a principal suspeita é que ele tenha usado documentos falsos para driblar a fiscalização.


Os nomes dos vestibulandos beneficiados pela fraude não foram divulgados, mas eles também são investigados.


Agora, a PF tenta entender se o esquema funcionou em outras edições do Enem e se outros candidatos foram aprovados por meio da mesma estratégia.


Em nota, a Universidade Estadual do Pará informou ter suspendido os três estudantes envolvidos para “garantir a transparência da apuração” e afirmou ter instaurado um procedimento disciplinar sobre o caso.




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