Polícia Federal prende ex-chefe da Casa Civil no Rio

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Publicado Quinta, 23 de Novembro de 2017 às 07:58, por: CdB

O juiz federal Marcelo Bretas decretou a prisão de Fichtner e de mais três pessoas, além de mandados de condução coercitiva e busca e apreensão

Por Redação, com Reuters - do Rio de Janeiro:

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira o ex-chefe da Casa Civil do Rio de Janeiro Regis Fichtner por suspeita de ter recebido pelo menos R$ 1,5 milhão em propina dentro do esquema milionário de corrupção liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral na administração do Estado.

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Régis Fichtner foi preso na manhã desta quinta-feira pela PF

O juiz federal Marcelo Bretas decretou a prisão de Fichtner e de mais três pessoas; além de mandados de condução coercitiva e busca e apreensão; como parte de um aprofundamento das investigações sobre o esquema de corrupção envolvendo agentes públicos estaduais e empresas de diversos setores.

Imagens aéreas da TV Globo mostraram agentes da PF dentro do apartamento de Fichtner em um prédio de luxo na Barra da Tijuca; na Zona Oeste da capital Fluminense, onde o ex-secretário da Casa Civil foi preso no início desta manhã.

A Polícia Federal afirmou, em nota, que são investigados os crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro como parte da chamada Operação Cest fini; referência à expressão na língua francesa que significa “é o fim”.

MPF

De acordo com o Ministério Público Federal, Fichtner é suspeito de ter atuado em favor de empresas; em troca de propina durante o período em que foi chefe da Casa Civil do governo de Cabral; que está preso desde o fim do ano passado.

– Ao que tudo indica, Regis Fichtner era uma peça da organização criminosa; responsável por praticar atos; que beneficiassem as empresas de agentes envolvidos no esquema; e, em contrapartida, recebia montantes vultosos de propina – afirmou Bretas em seu despacho determinando a prisão preventiva de Fichtner; que foi suplente de Cabral no Senado Federal antes de ocupar a Casa Civil do governo Fluminense de 2007 a 2014.

Ao justificar a prisão, o magistrado ressaltou ainda que; segundo o MPF, Fichtner tem realizado alguns “movimentos suspeitos;” que demonstram tentativa de impedir as investigações; como o encerramento de conta de email usada para troca de mensagens com integrantes das organizações criminosas.

Não foi possível fazer contato de imediato com representantes de Fichtner.

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