Veículo estava saindo do porto de Gongbei, na China, quando o detector de metais das autoridades identificou algo suspeito; centenas de CPUs foram apreendidas.
Por Redação, com Canaltech - de Pequim
O contrabando de peças de computador não é uma novidade para quem acompanha o cenário do hardware. No entanto, uma apreensão da polícia alfandegária chinesa chamou a atenção por envolver 780 processadores da Intel escondidos em um ónibus para serem vendidos no mercado cinza.
O contrabando de peças de computador não é uma novidade para quem acompanha o cenário do hardware. No entanto, uma apreensão da polícia alfandegária chinesa chamou a atenção por envolver 780 processadores da Intel escondidos em um ónibus para serem vendidos no mercado cinza.
Embora os detalhes sobre a captura não tenham sido especificados pelas autoridades do país, os criminosos esconderam os processadores no motor do ônibus. Enquanto o veículo transportava o material, a polícia local achou a movimentação suspeita e usou a tecnologia, com detectores de metal, para descobrir o esquema.
As imagens revelaram que algo estava bem errado com o motor e a polícia partiu para averiguar manualmente.
O ônibus estava tentando passar pelo porto de Gongbei, que conecta as cidades de Macau e Zhuhai, quando foi interceptado.
Ao todo, 780 unidades de processadores da Intel foram apreendidos. Infelizmente, não houve a confirmação de quais gerações ou modelos específicos estavam nesse bolo, contudo, a soma do chips chega ao valor de US$ 137.341 (algo em torno de R$ 680 mil em conversão direta).
Processadores são das gerações Alder e Raptor Lake
Isso dá uma estimativa básica de que cada chip custaria cerca de US$ 175 (aproximadamente R$ 860). É claro, a probabilidade de todas as CPUs serem as mesmas é pequena, mas a maior parte desses produtos deve estar relacionado com processadores Alder Lake e Raptor Lake, de 12ª e 13ª geração, respectivamente.
Também é muito provável que esses contrabandistas estivessem levando processadores dos segmentos de entrada e intermediários. O foco nesse tipo de estratégia é revender os produtos no mercado cinza por preços mais baixos do que os praticados no varejo.
Outra movimentação conhecida na China é a venda de processadores falsificados. Nesse esquema, os criminosos retiram a IHS (Integrated Heat Spreader), aquela tampinha de metal da CPU. Então, os chips e as tampinhas são trocados para que na hora da compra o consumidor pense ter recebido um certo produto, como um Core i5, mas na verdade recebeu um Intel Pentium com a tampinha do Core i5, algo que só será percebido na hora de usar a máquina caso o soquete seja o mesmo.