Rio de Janeiro, 16 de Outubro de 2024

Plenário do Senado aprova nome de Galípolo para presidente do BC

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Terça, 08 de Outubro de 2024 às 19:00, por: CdB

Galípolo afirmou ainda que todas as conversas com senadoras e senadores também foram no sentido de assegurar a liberdade na gestão do BC. Em discurso na sessão marcada para avaliar sua indicação, o diretor disse que atuação do BC tem sido inequívoca na busca de chegar à meta de inflação.

Por Redação – de Brasília

Indicado à presidência do Banco Central (BC), o economista Gabriel Galípolo afirmou nesta terça-feira que sempre ouviu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL), que terá a garantia de liberdade na tomada de decisão no comando da autarquia. Galípolo teve seu nome aprovado, por unanimidade, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e por ampla maioria em Plenário, com 66 votos favoráveis e cinco contrários.

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O ex-banqueiro Galípolo participou da privatização de empresas públicas, entre elas a Cedae

— Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, eu escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões e que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro — disse em sabatina na CAE.

Galípolo afirmou ainda que todas as conversas com senadoras e senadores também foram no sentido de assegurar a liberdade na gestão do BC. Em discurso na sessão marcada para avaliar sua indicação, o diretor disse que atuação do BC tem sido inequívoca na busca de chegar à meta de inflação, ressaltando que reafirma seu compromisso com o arcabouço estabelecido para o trabalho da autoridade monetária.

Estabilidade

O economista destacou, ainda, que o Brasil é hoje reconhecido por sua estabilidade monetária e financeira e acrescentou que os núcleos de inflação no país nos últimos 12 meses ficaram em níveis comparáveis aos de economias estáveis como Estados Unidos e Reino Unido.

Nesta manhã, a CAE sabatinou o economista Gabriel Galípolo e, no início da tarde, aprovou seu nome de forma unânime.

Galípolo, que atualmente ocupa a posição de diretor de Política Monetária do BC, foi indicado em agosto e conta com o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Na véspera, Wagner apresentou um parecer favorável, destacando a qualificação técnica e a independência do economista para assumir o cargo.

Inflação

“O currículo de Galípolo demonstra alta qualificação profissional e experiência em cargos públicos, além de sólida formação acadêmica”, afirmou o senador em seu relatório.

Galípolo sucederá Roberto Campos Neto, indicado para o cargo por Jair Bolsonaro (PL), cuja gestão foi alvo de críticas de Lula, que o acusou de ser um “adversário” por conta da desvalorização do real frente ao dólar e pela manutenção da taxa de juros em um dos patamares mais altos do mundo.

A autonomia do BC, garantida por lei, permite que a autoridade monetária e seus diretores cumpram mandatos independentes do governo, focando na estabilidade do sistema financeiro e no controle da inflação.

Durante a sabatina os senadores avaliaram não apenas a capacidade técnica de Galípolo, mas sua disposição em atuar de forma independente, sem pressões do Palácio do Planalto. Entre as principais questões que devem ser levantadas estão as estratégias para controlar a inflação e ajustar a taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano.

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