Bachelet entregou a Piñera a "medalha O'Higgins", símbolo da transição de poder, repetindo os mesmos protagonistas das últimas duas trocas de presidente.
Por Redação - de Valparaíso, Chile
Economista bilionário e líder da direita latino-americana, Sebastián Piñera, de 68 anos, tomou posse neste domingo como novo presidente do Chile. Inicia, assim, seu segundo mandato no comando do país.
Ele já havia ocupado o cargo de 2010 a 2014, entre os dois governos da socialista Michelle Bachelet. O juramento foi feito no Congresso Nacional do Chile, na presença de líderes da região, como o presidente de facto do Brasil, Michel Temer.
Parlamento hostil
Bachelet entregou a Piñera a "medalha O'Higgins", símbolo da transição de poder, repetindo os mesmos protagonistas das últimas duas trocas de presidente, no Chile. A agora ex-mandatária garantiu neste domingo que não tentará um terceiro mandato.
Em seu segundo governo, Piñera terá de lidar com a pressão para reformar a Constituição chilena, herdada do regime militar de Augusto Pinochet. Antes de deixar o poder, Bachelet apresentou a proposta de uma nova Carta Magna.
Além disso; poderá enfrentar um Parlamento hostil. Tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado serão presididos por socialistas: Maya Fernández, neta de Salvador Allende, e Carlos Montes.
La Moneda
O político ganhou as eleições do ano passado com a promessa de eficiência na gestão e de posicionar o Chile no caminho do crescimento e do progresso; um discurso parecido com o que o levou à vitória no pleito de 2009.
Agora, no entanto, Piñera afirma que será um presidente diferente daquele do primeiro mandato, mais sossegado e experiente.
— A melhor universidade para ser presidente não é Harvard; nem Chicago. É o Palácio de la Moneda (sede do governo do Chile) — afirmou nesta semana; em entrevista à televisão.
Uma das suas tarefas mais urgentes será tentar reativar a economia que; durante a última gestão de Michelle Bachelet, cresceu com média anual de 2,1%.