Segundo o documento, Giordano teria abastecido em dois postos de combustíveis e gastado “valores exorbitantes”; além de “promover despesas de alto valor em restaurantes e churrascarias de luxo”.
Por Redação - de Brasília
A Procuradoria-Geral da República aguarda o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal (STF) ao pedido para intimação do senador Alexandre Luiz Giordano (MDB-SP), para explicar a suspeita de uso indevido de verba indenizatória pelo exercício da atividade parlamentar. O ofício foi registrado na última quinta-feira, em protocolo, e chegou nesta manhã ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, sorteada como relatora do processo.
Segundo o documento, Giordano teria abastecido em dois postos de combustíveis e gastado “valores exorbitantes”; além de “promover despesas de alto valor em restaurantes e churrascarias de luxo”.
O Ministério Público Federal (MPF) observa que a quantidade de combustível comprada pelo senador no mesmo dia é de “chamar a atenção”. Segundo a PGR, foram 507,61 litros de gasolina e 188,67 litros de diesel em 19 de dezembro de 2022, “equivalente ao tanque de mais de 12 veículos de passeio”. Há, ainda, menção a outra compra no mesmo estabelecimento, em 2 de janeiro de 2023, de 324,35 litros de gasolina.
Apuração
“Diante desse quadro, (…) mostra-se adequado franquear ao parlamentar noticiado a oportunidade para prestar esclarecimentos acerca do caso”, acrescenta o ofício, assinado pelo vice-procurador-geral da República Hindenburgo Chateaubriand Filho.
Giordano tomou posse no Senado em 31 de março de 2021, após a morte do titular Major Olímpio, em decorrência da covid-19. O novo senador estava filiado ao PSL, após passar por PSDB e PV.
À mídia, Giordano afirmou que “a nota é referente a 15 dias de abastecimento” e que “estão polemizando algo que não condiz com a verdade de um dia apenas”.