Peru reforça segurança antes de novos atos contra o governo

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Publicado Quarta, 19 de Julho de 2023 às 14:45, por: CdB

Os protestos planejados seguem meses de agitação em que 67 pessoas foram mortas em violentos confrontos e bloqueios após a deposição e prisão em dezembro do ex-presidente Pedro Castillo, antecessor de Boluarte.


Por Redação, com Reuters - de Lima


A polícia da capital do Peru protegia os principais prédios do governo e vias dentro e fora de Lima nesta quarta-feira, coforme o governo se preparava para protestos organizados por grupos de esquerda e sindicatos que pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte.




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Peru reforça segurança antes de novos protestos contra o governo

A polícia diz que 24 mil policiais foram mobilizados em todo o país, com 8 mil preparados para proteger a capital de uma chamada "terceira tomada de Lima". Os organizadores do protesto esperam que milhares de manifestantes comecem a se reunir em Lima nesta quarta.


Os protestos planejados seguem meses de agitação em que 67 pessoas foram mortas em violentos confrontos e bloqueios após a deposição e prisão em dezembro do ex-presidente Pedro Castillo, antecessor de Boluarte.


– Respeitaremos o direito das pessoas de protestar, mas se elas se tornarem violentas, faremos uso racional da força para impor autoridade – disse o chefe da polícia de Lima, Roger Pérez, à imprensa local.


Jorge Pizarro, porta-voz da Assembleia Nacional dos Povos, um dos organizadores do protesto, disse que as manifestações serão contundentes e pacíficas.


– Não buscaremos um confronto com a polícia – acrescentou Pizarro.



Os manifestantes


As demandas são praticamente as mesmas de antes, acrescentou Pizarro. Os manifestantes pedem a remoção de Boluarte, o fechamento do altamente impopular Congresso, que tem maioria de direita, eleições antecipadas e uma nova Constituição.


Boluarte, cuja aprovação pública despencou, está sob investigação preliminar da Procuradoria-Geral do Peru pelos crimes de "genocídio, homicídio qualificado e lesões graves" pelas mortes nos protestos anteriores.


O governo classificou os protestos de uma ameaça à democracia e estendeu o estado de emergência em partes do país.


Os aeroportos de Lima, Arequipa, Cusco e Puno - onde ocorreram alguns dos confrontos mais violentos durante os protestos anteriores - estão restringindo a entrada de pessoas. As aulas presenciais serão suspensas nas escolas de diversas regiões.


O Peru, segundo maior produtor de cobre do mundo, também pode enfrentar interrupções em seu principal corredor de mineração, onde, de acordo com ONGs ambientais, as comunidades apoiarão os protestos.



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