Pequenos empresários terão acesso à abertura de capital, adianta ministro

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Publicado Sexta, 26 de Abril de 2024 às 23:33, por: CdB

Com este selo, elas poderiam ter lastro para conseguir crédito mais barato nos bancos, acreditam integrantes da pasta do empreendedorismo. Segundo eles, França pretende apresentar a proposta ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dentro de três meses, para que ela possa ser enviada ao Congresso e, se aprovada, ser anunciada ainda neste ano.


Por Redação - de Brasília

As pequenas e microempresas poderão, caso aprovada a proposta do governo, acessar o mercado acionário. Trata-se de uma medida de impacto que integra um Projeto de Lei (PL) em fase de estruturação que permitirá a abertura de capital às empresas do setor.

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Os pequenos e microempresários também poderão ter ações no Ibovespa


O PL já está em fase de debate por técnicos reunidos em grupos de trabalho no Ministério do Empreendedorismo, comandado por Márcio França, em conjunto com o Ministério da Fazenda. Uma vez estabelecidas as regras, que precisam passar pelo crivo do Congresso, as micro e pequenas empresas poderiam emitir papéis equivalentes às debêntures para atrair investidores privados que apostassem em seu crescimento.

Com este selo, elas poderiam ter lastro para conseguir crédito mais barato nos bancos, acreditam integrantes da pasta do empreendedorismo. Segundo eles, França pretende apresentar a proposta ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dentro de três meses, para que ela possa ser enviada ao Congresso e, se aprovada, ser anunciada ainda neste ano.

 

Oportunidade


A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) é um momento decisivo para o pequeno e médio empresário, uma vez que marca sua presença na Bolsa de Valores (B3). Atualmente, as empresas que fazem IPO já estão consolidadas, uma vez que o caminho é longo até que possa colocar suas ações à venda no pregão.

Um dos principais benefícios para os pequenos e médios empresários, no alvo do PL, para a abertura de capital é o acesso a novas fontes de financiamento. Caso a empresa planeje expandir as atividades, ou mesmo investir em algum projeto específico, ela precisará de recursos e poderá recorrer ao caixa, aos atuais sócios ou a fontes externas de financiamento.

As fontes externas podem vir de financiamentos bancários, da emissão de debêntures (títulos de dívida) ou de recursos de novos sócios. Nesse momento, a abertura de capital surge como uma alternativa mais acessível. Se a venda das novas ações for bem sucedida, a empresa terá os recursos de que precisa sem ser necessário recorrer a fontes onerosas, com a taxa de juros atualmente praticada pelas instituições bancárias.

 

Visibilidade


Ao chegar à B3, a empresa ganha visibilidade junto aos investidores que, assim, passam a precificar as suas ações e estabelecem expectativas para o capital investido. O valor das ações também contribui para que a empresa determine estratégias para sua gestão.

Em face das exigências de mercado, a abertura de capital também promove a profissionalização das empresas que, conforme o tamanho e o tempo de vida, precisarão de subsídios para montar seus planos de negócios e gestão. Conforme seu campo de atuação, esse aprimoramento repercute na saúde do negócio. 

Há, no entanto, uma série de critérios básicos a serem cumpridos pelas empresas. Além de um bom histórico de resultados, é de extrema importância para uma empresa que deseja abrir capital demonstrar seu nível de governança corporativa, o que demandará, por parte das instituições representativas de cada segmento, a oferta de assessorias especializadas.

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