Publicado Domingo, 08 de Setembro de 2019 às 13:03, por: CdB
Neste domingo, uma semana após um dos mais fortes furacões do Caribe já registrados no arquipélago onde vivem 400 mil pessoas, a capital Nassau recebeu uma onda de milhares de pessoas que fugiram de áreas atingidas.
Por Redação, com Reuters - de Nassau
Dias depois de abandonar sua casa em ruínas e invadir um apartamento vazio para se abrigar enquanto o furacão Dorian destruía a ilha de Great Abaco, nas Bahamas, Samuel Cornish e sua família pegaram um voo de resgate para Nassau.
O furacão Dorian deixou regiões inteiras das Bahamas totalmente destruídas
Questionado sobre o que o esperava lá, Cornish, que é filho de um pastor, foi direto: “Nada”, disse ele.
— Apenas uma nova vida.
Neste domingo, uma semana após um dos mais fortes furacões do Caribe já registrados no arquipélago onde vivem 400 mil pessoas, a capital Nassau recebeu uma onda de milhares de pessoas que fugiram de áreas atingidas, incluindo Marsh Harbour, em Abacos, onde cerca de 90% da infraestrutura está danificada ou destruída.
ONU
Great Abaco está repleta de detritos de materiais de construção não utilizados, cadernos e Bíblias encharcados, pilhas manchadas de roupas esfarrapadas, sapatos sem par, banheiras viradas e colchões podres.
Cães e gatos mortos estão espalhados pelos destroços, enquanto alguns animais abandonados ou perdidos vasculham o lixo em busca de comida e se instalam nas varandas de casas destruídas. Um porco selvagem que resistiu à tempestade comemorou sua sobrevivência atacando dois jornalistas da agência inglesa de notícias Reuters.
As autoridades das Bahamas ainda estão retirando corpos dos destroços da ilha e reconhecem que o atual número oficial de mortos, 43, provavelmente aumentará bastante. Cerca de 70 mil pessoas precisam de comida e abrigo, de acordo com estimativa do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU).