Passadas eleições preços voltam a subir, constata pesquisa do IBGE

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Publicado Quinta, 10 de Novembro de 2022 às 09:25, por: CdB

O movimento já havia sido detectado pelo IPCA-15. Passado o período eleitoral, já se detecta redução menos intensa da gasolina. O IPCA teve alta em oito dos nove grupos e em todas as regiões pesquisada. E o INPC, outro índice divulgado pelo IBGE, também subiu (0,47%).

Por Redação - do Rio de Janeiro
Terminado o período eleitoral, há menos de 15 dias, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, voltou a subir. Dessa vez, a alta foi de 0,59%, após três meses de queda, provocada em grande parte pela guinada na política de preços dos combustíveis.
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Os preços dos alimentos se mantém altos, apesar do arrocho fiscal promovido pelo Ministério da Economia
O movimento já havia sido detectado pelo IPCA-15. Passado o período eleitoral, já se detecta redução menos intensa da gasolina. O IPCA teve alta em oito dos nove grupos e em todas as regiões pesquisada. E o INPC, outro índice divulgado nesta quinta-feira, pelo IBGE, também subiu (0,47%). Assim, agora o IPCA acumula alta de 4,70% no ano e de 6,47% em 12 meses.

Alimentos

Dos oito grupos que compõem o IPCA com alta, Alimentação e Bebidas variou 0,72% e foi responsável por 0,16 ponto percentual da taxa. O IBGE cita aumento dos preços da batata inglesa (23,36%) e do tomate (17,63%), que somaram 0,7 ponto, além de cebola (9,31%) e nas frutas (3,56%). Entre as quedas, o leite longa vida (-6,32%) e o óleo de soja (-2,85%). Enquanto a alimentação no domicílio subiu 0,80% em outubro, comer fora ficou 0,49% mais caro, em média. O lanche aumentou menos (de 0,74%, em setembro, para 0,30%) e a refeição teve alta maior (de 0,34% para 0,61%). Já a segunda maior alta entre os grupos foi de Saúde e Cuidados Pessoais: 1,16%. Destaque para higiene pessoal (2,28%) e planos de saúde (1,43%), com impactos de 0,09 e 0,05 ponto, respectivamente.

Transportes

Por sua vez, o grupo Transportes, que vinha caindo nos últimos meses, passou de -1,98% para 0,58%. Os combustíveis ainda tiveram redução, de 1,27%, bem menos intensa do que em setembro (-8,50%). Diminuíram os preços médios de gasolina (-1,56%), óleo diesel (-2,19%) e gás veicular (-1,21%), enquanto o do etanol aumentou (1,34%). Com alta de 27,38% no mês, as passagens aéreas contribuíram com 0,16 da taxa mensal do IPCA. Ainda nesse grupo, os preços dos transportes por aplicativos, que haviam aumentando no mês anterior, desta vez caíram (-3,13%). O mesmo aconteceu com o ônibus urbano (-0,3%), com redução na tarifa aos domingos em Salvador. No Vestuário (alta de 1,22% no mês passado), o IBGE cita roupas masculinas (1,70%) e femininas (1,19%). Esse grupo acumula aumento de 18,48% em 12 meses. É a maior variação entre os nove que formam o IPCA.

Recuo

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve queda de 0,32% em setembro, resultado muito próximo ao registrado em agosto (-0,31%). No ano, o INPC acumula alta de 4,32% e, nos últimos 12 meses, de 7,19%. Os produtos alimentícios passaram de alta de 0,26% em agosto para queda de 0,51% em setembro. Os preços dos não alimentícios, por sua vez, continuaram caindo (-0,26%), embora o recuo tenha sido menor que o do mês anterior (-0,50%).
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