Paraguai: vice-presidente volta atrás e decide seguir no cargo

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Publicado Sexta, 19 de Agosto de 2022 às 08:43, por: CdB

O político foi acusado pelos EUA de tentativa de corrupção em gabinete público por ter supostamente recebido US$ 1 milhão em propinas. O dinheiro teria sido uma forma de Velázquez evitar que uma investigação contra uma hidrelétrica nacional fosse adiante.

Por Redação, com ANSA - de Assunção

Após ter sido acusado pelos Estados Unidos de corrupção e confirmado que renunciaria ao cargo de vice-presidente do Paraguai, Hugo Velázquez voltou atrás e garantiu que seguirá exercendo a função.
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Hugo Velázquez ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez
Em uma entrevista coletiva, o político argumentou que continuará no cargo até que tenha mais detalhes das causas pelas quais é acusado pelo Departamento de Estado norte-americano. – Recebi ligações de senadores pedindo que eu esperasse para apresentar minha renúncia. Meu medo era que o Ministério Público tivesse montado uma acusação contra mim e, graças a Deus, não o fizeram. No mínimo, devo saber o que está contra mim – disse Velázquez, que confirmou ter o apoio do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez. O político foi acusado pelos EUA de tentativa de corrupção em gabinete público por ter supostamente recebido US$ 1 milhão em propinas. O dinheiro teria sido uma forma de Velázquez evitar que uma investigação contra uma hidrelétrica nacional fosse adiante.

Corrupção

– A única verdade que as pessoas devem saber é que não há nada de concreto na investigação, e só quinta-feira à noite tomei a decisão de não me demitir por enquanto, esperando que surgisse algo concreto que justificasse a renúncia", concluiu o vice-presidente. Velázquez, no entanto, não deverá participar das primárias do Partido Colorado, que acontecerão em dezembro e vão definir o candidato da sigla para as eleições de abril de 2023. Arnoldo Wiens, antigo ministro de Obras Públicas, deverá entrar no lugar do atual vice-presidente paraguaio. Na semana passada, as autoridades norte-americanas, que acusaram Velázquez de ser uma pessoa "significativamente corrupta", proibiram a entrada do político de 54 anos de idade no país.
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