Buffett se tornou um grande fã da Apple depois que seus gerentes de investimentos, Ted Weschler e Todd Combs, o convenceram a comprar as ações, anos atrás. Buffett chegou a chamar o gigante da tecnologia de seu segundo negócio mais importante, depois do grupo de seguradoras da Berkshire.
Por Redação, com Forbes - de Nova York, NY-EUA
A Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, voltou a vender ações da Apple no primeiro trimestre de 2024. Em seu informativo trimestral, divulgado neste domingo, a empresa informou que a sua participação na Apple valia US$ 135,4 bilhões (R$ 692 bilhões), ou cerca de 790 milhões de ações. Isso representa uma redução de 13% na participação. Mesmo assim, a Apple ainda era, de longe, o investimento mais importante da Berkshire, no fim do trimestre.
Trata-se do segundo trimestre consecutivo que o conglomerado com sede em Omaha reduz a participação na fabricante do iPhone. No quarto trimestre de 2023, a empresa de Buffett vendeu cerca de 10 milhões de ações, cerca de 1% de sua enorme participação. O relatório do primeiro trimestre, considerando a alteração no preço das ações da Apple, implicaria que a Berkshire tenha vendido cerca de 116 milhões de ações.
Buffett se tornou um grande fã da Apple depois que seus gerentes de investimentos, Ted Weschler e Todd Combs, o convenceram a comprar as ações, anos atrás. Buffett chegou a chamar o gigante da tecnologia de seu segundo negócio mais importante, depois do grupo de seguradoras da Berkshire.
Preços altos
Analistas ouvidos pela revista norte-americana Forbes especularam que o ícone do investimento de 93 anos reduziu a sua participação favorita devido a preocupações com a alta dos preços. As ações da Apple ganharam impressionantes 48% em 2023. No seu auge, o peso da Apple chegou a representar 50% dos ativos da Berkshire Hathaway. As ações estão sendo negociadas com uma relação preço/lucro de 27 vezes.
As ações da fabricante do iPhone tiveram um grande impulso na semana passada, depois que a empresa anunciou que seu conselho havia autorizado US$ 110 bilhões (R$ 562 bilhões) em recompras, a maior na história da empresa. No entanto, a Apple registou um declínio nas vendas globais e nas vendas do iPhone. As ações caíram mais de 4% até agora este ano, em meio a preocupações sobre como isso irá relançar o crescimento.
Esta, no entanto, não é a primeira vez que Buffett reduz a participação da Berkshire na Apple. Ele vendeu algumas ações no quarto trimestre de 2020, mas admitiu depois que isso “provavelmente foi um erro”. Além disso, não é comum Buffett reduzir uma posição que cresceu tanto. Mesmo com a venda, a Berkshire ainda é o maior acionista da Apple depois dos Exchange Traded Funds (ETFs).