Operação investiga manteiga adulterada em Minas Gerais e SP

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Publicado Quinta, 20 de Outubro de 2022 às 08:47, por: CdB

Segundo a PF, dois mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão expedidos pela Segunda Vara da Subseção Judiciária Federal de Pouso Alegre estão sendo cumpridos nos municípios de Pouso Alto e Itamonte (ambos em Minas Gerais) e em Taboão da Serra e Itapecerica da Serra (São Paulo).

Por Redação, com ABr - de Brasília

Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)deflagraram nesta quinta-feira a Operação Alcanos, com o objetivo de “apurar fraudes no registro do Sistema de Inspeção Federal (SIF) e a fabricação e comercialização de manteiga adulterada com o uso de gordura vegetal em substituição ao creme de leite”.

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Ganhos com falsificação foram estimados em R$ 12 milhões, diz PF

Segundo a PF, dois mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão expedidos pela Segunda Vara da Subseção Judiciária Federal de Pouso Alegre estão sendo cumpridos nos municípios de Pouso Alto e Itamonte (ambos em Minas Gerais) e em Taboão da Serra e Itapecerica da Serra (São Paulo).

As investigações constataram “adulteração com o uso de gordura vegetal; ácido sórbico/sorbato e a presença de coliformes totais e fecais” e que, só no primeiro semestre de 2002, foram movimentados cerca de R$ 2,4 milhões em produtos destinados à adulteração de manteiga, distribuídas em quase 10 mil caixas de gordura vegetal.

A falsificação

“Os ganhos irregulares com a falsificação foram estimados em aproximadamente R$ 12 milhões, calculados sobre as vendas dos anos de 2021 e 2022 até 1º de julho”, informou a PF. Dois sócios do empreendimento envolvido no caso teriam cometido, também, crime de ameaça contra um fiscal do Mapa.

“Contra eles, a Justiça Federal expediu mandados de prisão temporária. Além das medidas de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou também o sequestro de bens, no valor de R$ 12.390.338,48”, detalhou, em nota, a PF.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios; invólucro ou recipiente com falsa indicação e falsificação de selo ou sinal público, além de ameaça no curso do processo. Caso sejam condenados, podem cumprir até 24 anos de reclusão, além de multa.

Tráfico internacional de drogas

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de terça-feira, uma operação para reprimir o crime organizado e o tráfico internacional de drogas. A Operação Gênesis cumpre 20 mandados, dos quais três de prisão preventiva e dezessete de busca e apreensão.

As investigações começaram em novembro de 2021, quando foram apreendidas 1,6 toneladas de cocaína em três momentos diferentes. O primeiro foi em Hamburgo, na Alemanha, e os dois seguintes em Santos (SP), com cargas destinadas à Antuérpia, na Bélgica, e Durban, na África do Sul.

Sequestro de todos os bens

Segundo a PF, foi determinado o sequestro de todos os bens imóveis e veículos e de valores depositados em contas bancárias e aplicações financeiras em nome de sete investigados.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas variam de 10 a 25 anos de reclusão.

“Os criminosos atuavam na cadeia logística de tráfico transfronteiriço de substâncias entorpecentes, voltada às etapas do processo de exportação de cargas lícitas (contratação, estufagem e transporte), nas quais eram introduzidas, de forma oculta e com meios aprimorados, elevadas quantidades de cocaína destinadas a países da Europa e África”, disse a PF.

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