ONU reage com críticas à declaração de armas do Iraque

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Publicado Quinta, 09 de Janeiro de 2003 às 16:38, por: CdB

O chefe dos inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas), Hans Blix, disse que não está satisfeito com a declaração de armas entregue pelo Iraque. Em seu pronunciamento na sede da ONU em Nova York, Blix afirmou, no entanto, que as inspeções estão indo bem e que nenhum sinal de armas de destruição em massa foi encontrado até agora. "Não encontramos nenhuma arma (proibida) durante essas inspeções, mas estamos conseguindo cada vez mais informações e um conhecimento melhor da situação, e a declaração, infelizmente, não ajudou muito a clarear as interrogações do passado", afirmou. O chefe dos inspetores disse ainda que vai pedir que os técnicos sejam autorizados a conversar com cientistas iraquianos sozinhos, sem a presença de representantes do governo do Iraque. Reações Em Bagdá, o general Hussam Amin, do governo iraquiano, disse que os inspetores estão trabalhando sem restrições e que visitaram mais de 300 locais em todo o país. O embaixador dos Estados Unidos na ONU, John Negroponte, disse que o Iraque não está "cooperando ativamente" com os inspetores de armas, e descreveu a declaração de armas entregue pelo governo iraquiano como "uma tentativa deliberada de enganar". Outros membros do Conselho de Segurança da ONU também comentaram as declarações de Blix. O embaixador russo na ONU, Sergei Lavrov, disse que o trabalho dos inspetores ainda está num estágio inicial do trabalho, e que eles continuam a ser apoiados pela ONU. O embaixador britânico na organização, Jeremy Greenstock, disse que algumas informações "inadequadas" foram encontradas na declaração de armas do Iraque. Greenstock acusou o governo iraquiano de não cooperar inteiramente e de se recusar a responder a algumas perguntas dos inspetores, mas disse que não se deve considerar o dia 27 deste mês - quando Hans Blix entrega o relatório final - como um prazo final para uma decisão militar. Mohamed El Baradei, que chefia a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e também participou da reunião com o Conselho de Segurança disse que o resultado do encontro foi bom. "Estamos avançando para realizar nossa tarefa. Estamos tendo acesso a todos os locais, mas também precisamos de mais apoio do governo iraquiano", afirmou Baradei.

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