Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Neonazismo crescente na Europa preocupa a sociedade alemã

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Domingo, 28 de Janeiro de 2024 às 16:27, por: CdB

Chanceler alemão, Olaf Scholz alertou para crescente onda "neonazista obscura" no Estado alemão e saudou as manifestações que acontecem no país contra extremistas.


Por Redação, com Sputniknews - de Berlim

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, voltou a expressar preocupação com o aumento das tendências de extrema direita em seu país, 79 anos após a libertação do campo de extermínio de Auschwitz e a consequente derrota para as forças aliadas

— Novos relatórios estão surgindo o tempo todo: sobre os neonazistas e suas redes obscuras (…). Ao mesmo tempo, os populistas de direita estão ganhado terreno, alimentando o medo e semeando o ódio — disse o social-democrata em um discurso gravado em vídeo comemorativo da libertação de Auschwitz pelas tropas soviéticas, em 1945.

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O chanceler alemão, Olaf Scholz, tem reprimido as manifestações neonazistas que ocorrem na Alemanha


Na verdade, os protestos contra o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) têm ganhado força na sequência de um relatório segundo o qual dois membros seniores da legenda participaram de uma reunião para discutir planos de deportação em massa de cidadãos de origem estrangeira.

 

Partido nazista


Manifestações contra o projeto eclodiram em todo o país e dirigirem-se para sua terceira semana. No final de semana passado, 1,5 milhão de pessoas saíram às ruas, em várias cidades da Alemanha, em protesto contra a AfD.

Os manifestantes procuram reduzir o apoio ao partido, que ocupa o segundo lugar nas sondagens a nível nacional e o primeiro nos três estados da Alemanha Oriental que realizam eleições este ano.

"É a coesão dos democratas que torna a nossa democracia forte. Mostrar isso com confiança em público – como está acontecendo agora – é bom", acrescentou o chanceler.

Scholz também saudou a decisão histórica de cortar o financiamento ao partido radical de direita Die Heimat, o que provocou um debate sobre se uma medida semelhante poderia ser tomada contra o partido nacionalista AfD, referindo-se à decisão como "muito boa".

 

Viagem aos EUA


Apesar de condenar a crescente onda nazista na região, a Alemanha foi, desde o começo da operação russa na Ucrânia, um dos países que mais enviaram ajuda militar a Kiev.

No próximo dia 9 de fevereiro, Scholz viajará aos Estados Unidos para se encontrar com o presidente Joe Biden, na Casa Branca, a fim de discutirem apoio para assistência adicional à Ucrânia em meio ao bloqueio de verba pelo Congresso norte-americano, segundo a Bloomberg.

O chanceler instou as nações a intensificarem o seu apoio, alertando no início deste mês que os países da União Europeia não estavam fazendo o suficiente para ajudar.

As Forças Armadas da Rússia começaram a operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 tendo como alguns de seus objetivos principais a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.

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