Conceder vagas nos bancos das universidades não é o suficiente para combater a desigualdade racial. Políticas públicas devem ser criadas para garantir não só o acesso mas também a permanência dos negros na universidade e no mercado de trabalho. Essa conclusão é de professores e estudantes que participaram esta semana, nesta capital, do III Congresso de Pesquisadores Negros.
Com o tema Pesquisa Social e Políticas de Ações Afirmativas para os Afro-descendentes, o congresso terminou ontem (10), na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O evento foi produzido pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, da UFMA, e Associação Brasileira de Pesquisadores Negros.
Para o professor do Departamento de Ciências Sociais da UFMA e Coordenador Geral do congresso, Carlos Benedito da Silva, a população negra no Maranhão é numerosa, mas ainda existem poucas pesquisas nessa área no Estado. "Por isso um dos motivos desse Congresso ser realizado em São Luís foi justamente para colocar o Maranhão no centro dos debates e incentivar a produção científica sobre afro-descendentes no Estado", afirmou.
Durante a realização do congresso, os participantes deram continuidade aos debates iniciados nas duas edições anteriores, que foram realizadas em Recife (PE) e São Carlos (SP), respectivamente
Negros precisam de políticas para combater desigualdade, dizem pesquizadores
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Sábado, 11 de Setembro de 2004 às 11:38, por: CdB