Na véspera da eleição, prefeito sofre ataque a tiros no Equador

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Publicado Sábado, 19 de Agosto de 2023 às 15:11, por: CdB

Tamariz acrescentou que há “mais de oito testemunhas” do ataque, registrado por volta da meia-noite de sexta-feira, no qual a polícia supostamente participou. Tamariz viajava com sua esposa e outros dois parentes em um veículo blindado, alvo de cerca de 30 disparos.


Por Redação, com CartaCapital - de Quito


O prefeito da cidade litorânea de La Libertad, Francisco Tamariz, denunciou ter sido vítima de um ataque a tiros neste sábado, véspera das eleições gerais antecipadas no Equador.




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Tamariz acrescentou que há “mais de oito testemunhas” do ataque

– Tentaram me matar – publicou no X, antigo Twitter, o político – próximo do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).


Tamariz acrescentou que há “mais de oito testemunhas” do ataque, registrado por volta da meia-noite de sexta-feira, no qual a polícia supostamente participou.


Tamariz viajava com sua esposa e outros dois parentes em um veículo blindado, alvo de cerca de 30 disparos. Ele destacou que todos saíram ilesos do ataque.



Eleição presidencial


Correa, cuja candidata Luisa González é favorita para a eleição presidencial deste domingo, republicou a denúncia que o prefeito de La Libertad, cidade no sudoeste, com cerca de 100 mil habitantes, havia publicado no X.


A Polícia e o governo não se pronunciaram sobre o fato.


No Facebook, Tamariz disse posteriormente que ao retornar do porto de Guayaquil, no sudoeste, sua caminhonete blindada foi alvejada por duas pessoas à paisana que saíram de um veículo policial.


– Começaram a metralhar a viatura em questões de segundo (…), começaram a disparar contra nós, sequer questionaram quem estava ali – disse ele em comunicado, feito ao lado da esposa. Ambos apareceram com coletes à prova de balas.


– Se (o carro) não fosse blindado, irmão equatoriano, eu não estaria aqui. Seria impossível para mim estar falando com você com 30 tiros que foram (…) direcionados à caminhonete – acrescentou o prefeito.


Nos últimos anos, o Equador enfrentou uma onda de violência ligada ao narcotráfico, com massacres em prisões, que deixaram mais de 430 presos mortos desde 2021 e uma taxa recorde de 26 homicídios por 100.000 habitantes nas ruas em 2022, quase o dobro do ano anterior.


Ao sair de um comício em Quito, em 9 de agosto, o candidato à eleição Fernando Villavicencio (centro), que estava em segundo lugar nas intenções de voto, de acordo com uma pesquisa, foi morto a tiros.


Em plena campanha para as eleições deste domingo, também foram assassinados outro prefeito, um candidato a deputado e um líder local do correísmo – força de esquerda do ex-presidente Rafael Correa.


Na quinta-feira, durante o encerramento da campanha, o candidato presidencial Daniel Noboa (direita) denunciou um ataque a tiros contra sua caravana, do qual saiu ileso. As autoridades contradizem sua versão.





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