Mundial de natação terá categoria para atletas transgênero

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Publicado Quarta, 16 de Agosto de 2023 às 12:53, por: CdB

Segundo a instituição, a categoria terá provas de 50 e 100 metros em todos os estilos, com possibilidade de inclusão de novas disputas. Os nadadores devem estar filiados a uma federação internacional e poderão participar individualmente ou representando o país ou clube que defendem.


Por Redação, com ABr - de São Paulo


A World Aquatics, a Federação Internacional de Esportes Aquáticos, antiga Fina, anunciou nesta quarta-feira que a Copa do Mundo de natação deste ano, entre 6 e 8 de outubro, em Berlim (Alemanha), terá uma categoria "aberta". Trata-se de uma iniciativa piloto, que permitirá a participação de atletas transgênero na competição.




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Iniciativa piloto abrange provas nos 50m e 100m, em todos os estilos

Segundo a instituição, a categoria terá provas de 50 e 100 metros em todos os estilos, com possibilidade de inclusão de novas disputas. Os nadadores devem estar filiados a uma federação internacional e poderão participar individualmente ou representando o país ou clube que defendem.


– Quando a World Aquatics instituiu sua política de elegibilidade para as categorias de competição masculina e feminina, comprometeu-se a explorar a criação de uma categoria aberta. Fiel à nossa palavra, uma equipe de especialistas trabalhou diligentemente para tornar isso realidade – afirmou o presidente da federação, Husain Al-Musallam, em nota à imprensa.


O vice-presidente da Federação Alemã de Natação, Kai Morgenroth, também celebrou a iniciativa.


– Estamos orgulhosos de sediar um evento onde os nadadores poderão competir sem barreiras. Berlim é o centro de diversidade e inclusão da Alemanha e, portanto, o local perfeito para um projeto tão progressista.



Atletas transgênero


A discussão sobre a presença de atletas transgênero em competições oficiais de natação ganhou força em março do ano passado, após a norte-americana Lia Thomas ganhar a prova dos 500m livre na NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional, na sigla em inglês), principal evento de esporte universitário dos Estados Unidos. Ela foi a primeira nadadora trans a vencer um título nacional da modalidade.


Três meses depois, a federação internacional anunciou uma restrição à participação de mulheres trans que tenham vivenciado a puberdade masculina - ou seja, que não tenham concluído a transição de gênero antes dos 12 anos. Em março deste ano, a World Athletics, a Federação Internacional de Atletismo, tomou decisão semelhante.





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