Com muito tempo livre, bolsonaristas do agronegócio fecham rodovias

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Publicado Domingo, 20 de Novembro de 2022 às 15:20, por: CdB

Inconformados com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato, após derrotar Bolsonaro e a máquina pública milionária que ajustou a tentativa de permanecer no Palácio do Planalto, os manifestantes mantiveram, neste domingo, interdições parciais e dez bloqueios completos nas rodovias federais do Mato Grosso.

Por Redação - de Cuiabá
Proprietários de caminhonetes que custam mais de R$ 300 mil, caminhões de médio e grande porte no valor de um apartamento no Rio de Janeiro e de toda a infraestrutura para a cozinha; além de banheiros químicos e banhos quentes, um grupo de seguidores do presidente Jair Bolsonaro (PL) insiste em infernizar a vida de quem precisa usar as estradas federais, geralmente em Estados onde a ultradireita elegeu a maioria de seus representantes.
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Paralisações em estradas foram incentivadas por empresários do agronegócio
Inconformados com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato, após derrotar Bolsonaro e a máquina pública milionária que ajustou a tentativa de permanecer no Palácio do Planalto, os manifestantes mantiveram, neste domingo, interdições parciais e dez bloqueios completos nas rodovias federais do Mato Grosso, informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em boletim no fim desta manhã.

Derrota

As manifestações golpistas ocorreram em Sorriso, Lucas do Rio Verde, Matupá, Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Nova Mutum e Água Boa. A região é a maior produtora de soja e a próxima safra será colhida somente nos meses de fevereiro e março, o que deixa muito tempo livre para os empresários do agronegócio, setor responsável por patrocinar a maioria dos atos golpistas em vias públicas.
Assista às explicações de um caminhoneiro”
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tornou público que quase metade dos bloqueios bolsonaristas registrados nas estradas brasileiras pela manhã foram desfeitos. Pela manhã, a PRF havia registrado 18 localidades com fluxo totalmente interditado. Horas depois, eram 10 regiões nessa situação. Segundo a atualização mais recente, há problemas em União da Vitória no Paraná, Sorriso, Campo Novo do Parecis, Sapezal e Sinope no Mato Grosso e Itaituba e Novo Progresso, no Pará. Ainda de acordo com o boletim da corporação, ainda há 20 pontos de fluxo parcialmente interrompido por manifestações golpistas em diversas regiões. Desde o resultado do segundo turno, extremistas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) não se conformam com a derrota do candidato e promovem protestos contra a democracia brasileira.

Indenização

Os grupos, que acreditam e espalham teorias conspiratórias sobre os resultados das eleições, estavam se concentrando nas proximidades de unidades militares. Após a justiça determinar o bloqueio das contas de mais de 40 empresários suspeitos de injetar dinheiro nas manifestações ilegais e antidemocráticas, uma parte desses grupos passou a ocupar as estradas novamente. Informações que circulam em canais da ultradireita, na internet, revelam que os bloqueios nas estradas são capitaneados por caminhoneiros. Mas uma associação que representa dezenas de milhares de trabalhadores do transporte de cargas nega qualquer ligação com os atos e diz que vai processar os empresários que financiam as manifestações. A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotivos (Abrava), vai cobrar uma indenização pelos danos causados à categoria. A entidade afirma que as manifestações usam funcionários de de grandes empresas do agronegócio para fechar as estradas.
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