Movimentos protestam no Rio: ‘Independência é um Brasil sem fome’

Arquivado em:
Publicado Quarta, 07 de Setembro de 2022 às 10:56, por: CdB

O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) hastearam uma faixa com a frase “Independência é um Brasil Sem Fome" nos Arcos da Lapa, ponto turístico da capital fluminense.

Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro

Movimentos populares denunciaram a fome que atinge 33 milhões de brasileiros nesta quarta-feira, dia do Bicentenário da Independência do Brasil, em protesto realizado no Centro do Rio de Janeiro.
protesto-1.jpeg
Faixa de protesto lembra fome de milhões em dia dos 200 anos da independência do Brasil
O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) hastearam uma faixa com a frase “Independência é um Brasil Sem Fome" nos Arcos da Lapa, ponto turístico da capital fluminense. Os movimentos promoveram também uma ação de solidariedade para 500 pessoas no Morro dos Prazeres, região central da cidade. Já o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) produziram 250 quentinhas para população em situação de rua na Cozinha Solidária da Lapa. Segundo Gláucia Nascimento, coordenadora MTST no Rio, o ato é uma resposta ao governo Bolsonaro. “Isso é uma denúncia de toda exclusão, que ficou mais evidente após a pandemia, após todo esse desgoverno, sua ausência de políticas públicas e exclusão de parcelas da sociedade que o governo quer que padeçam”, disse. Para ela, os gastos públicos com as comemorações realizadas hoje, incluindo o transporte do coração do imperador Dom Pedro I de Portugal ao Brasil, poderiam fazer diferença na vida de quem mais precisa. “Trazem o coração do nosso colonizador, mas não têm dinheiro para comida, alimentação, habitação”, afirmou Nascimento. Ela espera que esse descaso seja levado em conta na eleição deste ano. “O importante hoje é denunciar, para que a população que vê aquela faixa vá pra urna consciente do poder do peso que tem seu voto. A gente quer esperança”, concluiu.

Grito dos Excluídos e Excluídas

A ação faz parte do Grito dos Excluídos e Excluídas, que acontece há 28 anos, sempre no dia 7 de setembro. Neste ano, ele contrapõe as comemorações militares e institucionais organizadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) com o mote “Por terra, teto, pão e democracia - pão e viver bem". Em São Paulo, desde às 7h, pastorais, sindicatos, movimentos de moradia, entre outros, faziam uma distribuição de café, suco, pão, frutas e capas de chuva à população. A estimativa dos movimentos era fornecer café da manhã para 5 mil pessoas.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo