Max Mosley defendeu os campeões mundiais Ferrari e Michael Schumacher na quinta-feira contra as acusações de que o domínio deles está sufocando o esporte.
O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sugeriu que, ao invés, de os adversários da Ferrari serem uma ameaça, eles fracassaram em derrotar a campeã dos últimos seis mundiais de construtores.
"Não diria que eles (Ferrari) estão matando o esporte", disse o dirigente em um almoço com repórteres em Londres, antes do início da temporada, em 6 de março, na Austrália.
"O que eu diria é que Williams e McLaren e, em menor escala, Renault e BAR, estão matando o esporte porque estão fazendo um trabalho de má qualidade".
"Essa é a verdade. Não é questão de a Ferrari perder, é questão das outras vencerem e tudo que elas têm que fazer é alcançá-la", acrescentou.
"A pior coisa agora é eles sugerirem que nós, de alguma forma, ajudamos a Ferrari. Bem, nós teríamos que ser loucos em ajudar a Ferrari."
"Se eu pudesse diminuir o ritmo do Schumacher, eu faria...mas é trabalho dos engenheiros das outras quatro equipes, e dos chefes delas."
Schumacher conquistou os últimos cinco campeonatos e o alemão está buscando o inédito oitavo título este ano, aos 36 anos.
Mas a Ferrari tem sido duramente criticada nos últimos anos por não deixar os dois pilotos competirem livremente, com Schumacher sendo claramente o número um, à frente do brasileiro Rubens Barrichello.
As ex-campeãs Williams e McLaren terminaram o mundial de 2004 em quarto e quinto lugares, respectivamente.