A declaração ocorreu durante a posse do novo diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Em seu discurso, Moraes criticou as reclamações dos terroristas detidos na Academia Nacional da PF, em Brasília.
Por Redação - de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes determinou a prisão, na tarde desta terça-feira, do ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, o delegado federal Anderson Torres, por envolvimento nos atos terroristas que atingiram as sedes dos Três Poderes, neste domingo. Ainda nesta terça-feira, Moraes disse que os terroristas detidos após os ataques aos Três Poderes querem que a prisão seja uma “colônia de férias”.
Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres foi ministro de Bolsonaro
A declaração ocorreu durante a posse do novo diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Em seu discurso, Moraes criticou as reclamações dos terroristas detidos na Academia Nacional da PF, em Brasília.
— Não achem esses terroristas que, até domingo faziam baderna e crimes, e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias. Não achem que as instituições vão fraquejar — afirmou Moraes.
No total, 1,5 mil pessoas foram detidas, até a véspera. A maioria estava no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Os presos chegaram à Academia da PF em comboio com 50 ônibus, disponibilizados para prestar o apoio à operação.
Coragem
O ministro afirmou também que o terrorismo e os atos antidemocráticos e golpistas têm de ser “firmemente combatidos”. O ministro citou o rastro de destruição deixado na sede dos Três Poderes, mas disse que “as instituições não são feitas só de mármore, cadeiras e mesas”.
— (As instituições) são feitas de pessoas, de coragem, de cumprimento da lei. Tenho absoluta certeza, dentro da legalidade, que as instituições irão punir todos os responsáveis, todos aqueles que praticaram os atos, que planejaram os atos, que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão, porque a democracia irá prevalecer — acrescentou.
Ainda durante a posse, na PF, Moraes afirmou que interferências na corporação “não serão permitidas”.
