Ministro de Israel diz que manifestação pode afetar reforma do Judiciário

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Publicado Quarta, 19 de Julho de 2023 às 11:25, por: CdB

Com uma emenda contestada que limitaria os poderes da Suprema Corte marcada para ratificação no próximo domingo e segunda-feira, os protestos se intensificaram e agora incluem alguns reservistas da Força Aérea que se recusam a se apresentar para o serviço.


Por Redação, com ABr - de Brasília


O governo israelense pode repensar sua campanha polarizadora para reformar o Judiciário se houver uma grande escalada nos protestos, disse o ministro da Cultura, Miki Zohar, nesta quarta-feira.




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Reservistas da Força Aérea se recusam a apresentar para o serviço

Com uma emenda contestada que limitaria os poderes da Suprema Corte marcada para ratificação no próximo domingo e segunda-feira, os protestos se intensificaram e agora incluem alguns reservistas da Força Aérea que se recusam a se apresentar para o serviço, um possível abalo na segurança de Israel enquanto as frentes palestina e libanesa fervem.


O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por telefone na segunda-feira, que o projeto de lei seria aprovado conforme planejado, mas que ele buscaria "amplo consenso" para quaisquer reformas adicionais, disse o conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi.


Próximo de Netanyahu, o ministro Miki Zohar manifestou um raro reconhecimento do impacto das manifestações de seis meses, que começaram em março depois que o primeiro-ministro demitiu o ministro da Defesa de Israel por expressar abertamente preocupação com o impacto sobre os militares.


Netanyahu recuou na saída de Yoav Gallant e suspendeu a legislação para permitir negociações de compromisso com a oposição. Ele declarou isso infrutífero no mês passado e retomou o projeto de lei que limita os poderes da Suprema Corte em anular algumas decisões do governo.


– Se as manifestações atingirem uma escala que foi vista, entenderemos que as coisas foram longe demais – disse Zohar à rádio Kan.


Não ficou claro, no entanto, se isso poderia ocorrer.



Os defensores


Os defensores da mudança buscada pela coalizão religioso-nacionalista de Netanyahu dizem que a Suprema Corte se tornou muito intervencionista e que a medida facilitará a governança eficaz.


Os opositores dizem que isso enfraquecerá a Suprema Corte, que, em um país que não tem Constituição e um Parlamento de uma câmara dominado pelo governo, tem um papel vital na proteção dos direitos e liberdades civis.




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