Ministro diz que operação no Rio acaba com mito de crime organizado e poderoso

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Publicado Sábado, 05 de Agosto de 2017 às 10:58, por: CdB

A operação, que recebeu o nome de Onerat, cumpriu 15 mandados de prisão, sendo nove de criminosos que já estavam presos. Mais três pessoas foram presas em flagrante

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

O ministro da justiça, Torquato Jardim, avaliou neste sábado que a operação integrada de segurança em comunidades do Rio de Janeiro "acaba com o mito do crime organizado poderoso". O ministro concedeu uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do chefe de Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, e do secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá.

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Operação no Rio acaba com mito de crime organizado e poderoso, diz ministro

– Ele não é nem organizado nem poderoso. Ele não resiste à ação legal, obediente à lei, inerente ao Estado democrático de direito. Quando se unem os esforços de todos os entes nacionais e federais da União e dos Estados. Tanto é que a resistência é mínima – disse o ministro.

Torquato Jardim reforçou que os resultados da operação são maiores do que números de prisões e apreensões. Ele disse que "governo unido pode, faz e acontece". A operação, que recebeu o nome de Onerat, cumpriu 15 mandados de prisão. Sendo nove de criminosos que já estavam presos.

Mais três pessoas foram presas em flagrante e foram apreendidas três pistolas, duas granadas; quatro radiotransmissores, 16 carros e uma motocicleta. Duas pessoas morreram em confronto com a polícia. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Ação

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen avaliou que o efeito surpresa foi um grande elemento da operação dessa madrugada e voltou a explicar que o objetivo da ação não é ocupar as favelas com militares das Forças Armadas.

– O que buscamos são soluções perenes, duradoras. Elas não virão de asfixiar a comunidade com presença permamente de tropas federais que, ao saírem, permanecem as condições para que o crime continue com liberdade de trabalhar – afirmou.

Segurança

O secretário estadual de segurança pública, Roberto Sá, disse que a operação continua ao longo do dia e será objeto de uma avaliação das forças envolvidas para detectar estratégias que podem ser melhoradas.

– Mesmo que termine com esse saldo, temos resultados e aprendizados que pra nós já são emblemáticos e significativos. Mas ela não acabou e ainda há desdobramentos no terreno - disse Sá.

O secretário explicou que o Complexo do Lins, na Zona Norte da capital Fluminense, foi escolhido para a operação de hoje por já ter uma investigação avançada da Polícia Civil, o que permitiu contar com mandados de prisão já emitidos. O secretário destacou ainda que episódios recentes de ataques a policiais no complexo foram levados em conta.

– Procure saber o que  vai ser interpretado por alguma força policial que tiver uma viatura incendiada em qualquer lugar do mundo, que tiver uma base atacada por tiros de fuzil – disse Sá, que chamou as agressões de ataques à democracia.

Além do Lins, também recebem operações os complexos do Chapadão e Pedreira e as favelas da Covanca e do Morro São João, nas Zonas Norte e Oeste.

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