Domingo, 05 de Dezembro de 2021 às 11:28, por: CdB
Alguns milhares de manifestantes marchavam pacificamente pelo Centro da capital belga até o bairro onde situa-se a União Europeia (UE), ponto final do protesto. Um grupo de manifestantes usando capuzes pretos e gritando "liberte" (liberdade), no entanto, começou a atirar pedras na polícia.
Por Redação, com Reuters - de Bruxelas
A polícia usou gás lacrimogêneo e canhões d’água neste domingo para dispersar os manifestantes que atiraram paralelepípedos e fogos de artifício em policiais em manifestação em Bruxelas contra as restrições impostas pelo governo à covid-19. O ato, no entanto, tornou-se violento.
A manifestação, inicialmente pacífica, terminou em violência pelas ruas de Bruxelas
Alguns milhares de manifestantes marchavam pacificamente pelo Centro da capital belga até o bairro onde situa-se a União Europeia (UE), ponto final do protesto. Próximo aos prédios das instituições que integram a UE, um grupo de manifestantes usando capuzes pretos e gritando "liberte" (liberdade) começou a atirar pedras na polícia, que reagiu com gás lacrimogêneo e canhões de água, de acordo com imagens e relatos dos jornalistas da agência inglesa de notícias Reuters, presentes ao local. Os manifestantes protestavam contra as regras impostas em outubro que obrigam as pessoas a mostrar os passes de vacinação contra a covid-19 para acessar bares e restaurantes.
'Ditadura'
— Eu não posso suportar discriminação de qualquer forma, e agora há o passe de vacina que é discriminatório, sanções para cuidadores (não vacinados) que são discriminatórias também, há vacinação obrigatória que está chegando em nosso caminho. Isso é tudo discriminação, então temos que lutar contra isso. Não queremos uma ditadura — gritava um manifestante, o professor de artes marciais Alain Sienaort.
O protesto ocorreu após novas medidas anunciadas na sexta-feira para conter uma das maiores taxas de infecção da Europa, incluindo o uso obrigatório de máscara para a maioria das crianças do ensino fundamental e um prolongamento das férias escolares. No fim de novembro, um número muito maior de manifestantes entrou em confronto violento com a polícia em Bruxelas, o que levou a dezenas de prisões, ferimentos entre policiais e danos generalizados a propriedades.
