Macron acredita que retorno ao acordo nuclear com Irã é possível

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Publicado Domingo, 24 de Julho de 2022 às 07:45, por: CdB

Macron expressou desapontamento com a falta de progresso nas negociações de Viena, que pararam na primavera passada, no Hemisfério Norte, e insistiu na necessidade de fazer uma escolha clara para concluir um acordo e retornar à implementação dos compromissos nucleares do Irã.

Por Redação, com Sputnik - de Paris

O presidente francês Emmanuel Macron conversou por telefone com seu colega iraniano Ebrahim Raisi, expressando confiança de que um retorno ao acordo nuclear com o Irã ainda é possível, informa o Palácio do Eliseu.

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Macron expressou desapontamento com a falta de progresso nas negociações de Viena

Macron e Raisi conversaram por telefone no sábado e discutiram o conflito na Ucrânia, energia e segurança alimentar, bem como o acordo nuclear com o Irã, disse o Palácio do Eliseu em comunicado.

"No que diz respeito ao acordo nuclear de 2015, o presidente da República reiterou sua convicção de que ainda é possível uma solução visando retornar à sua plena implementação, mas que isso deve ser feito sem demora", disse o Palácio do Eliseu neste sábado.

Macron expressou desapontamento com a falta de progresso nas negociações de Viena, que pararam na primavera passada, no Hemisfério Norte, e insistiu na necessidade de fazer uma escolha clara para concluir um acordo e retornar à implementação dos compromissos nucleares do Irã.

Os dois chefes de Estado também discutiram a situação regional e os esforços para aliviar as tensões.

"Finalmente, o presidente da República reiterou sua profunda preocupação com a situação de quatro cidadãos franceses detidos arbitrariamente no Irã. Ele pediu sua liberação imediata", disse o Palácio do Eliseu.

Grupo de países P5+1

Em 2015, o Irã assinou o Plano Abrangente de Ação Conjunta (JCPOA, também conhecido como acordo nuclear iraniano) com o grupo de países P5+1 (Estados Unidos, China, França, Rússia e Reino Unido, mais a Alemanha) e a União Europeia (UE). Ele exigia que o Irã reduzisse seu programa nuclear e reduzisse severamente suas reservas de urânio em troca de alívio das sanções, incluindo o levantamento do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo. Em 2018, os EUA abandonaram sua posição conciliatória sobre o Irã, retirando-se do JCPOA e implementando políticas duras contra Teerã, levando o Irã a abandonar amplamente suas obrigações sob o acordo.

Em abril de 2021, as partes do acordo, juntamente com os Estados Unidos, iniciaram negociações para restabelecer o acordo nuclear, trabalhando em Viena. No entanto, o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, anunciou em março uma pausa nas negociações de Viena "devido a fatores externos".

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