Lista revela dança dos cargos no Planalto

Arquivado em:
Publicado Sexta, 05 de Janeiro de 2007 às 09:24, por: CdB

Circula por entre jornalistas especializados, em Brasília, neste fim de semana, mais uma lista de nomes de ministros que deverão integrar o próximo mandato do presidente Lula. A mais recente, formulada por setores da Câmara dos Deputados e de alguns senadores, aponta a permanência de 13 ministros e a retirada dos outros 21. Para os parlamentares, todos da base aliada, a disputa política em torno dos cargos tende a movimentar a Esplanada dos Ministérios a partir do próximo dia 20, quando esperam conhecer também o nome do candidato apoiado pelo governo para a presidência da Câmara.

Alguns nomes do ministério de Lula, apesar de sondados pelo próprio presidente sobre a possibilidade de continuarem no cargo, resolveram apear do governo por pura exaustão. É o caso do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan. Ele comunicou a Lula, nos últimos dias do ano passado, que não pretendia continuar mais um dia sequer à frente da pasta, mas não deixa sucessor. Ainda segundo observadores entre os aliados paulistas, o nome mais apreciado entre os ministros que integram a base política é o do empresário Jorge Gerdau Johannpeter. Ele esteve presente à posse, em Brasília, onde voltou a negar que integraria a equipe de governo, na contramão do que prevêem os analistas.

Entre os cargos graduados que o presidente não gostaria de mexer, no momento, estão os ministros da equipe econômica Guido Mantega (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central), embora a pressão do PT seja intensa no sentido de o novo mandato alterar, profundamente, a condução econômica do país. A realidade é que a reforma no ministério, para os próximos quatro anos, será maior do que se tem cogitado.

A ordem da lista que se segue, como de praxe nesse tipo de consultas, é a mesma do cerimonial do Palácio do Planalto.

Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff permanece no cargo, mais prestigiada do que nunca;

Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos deixa a pasta. Tarso Genro (Relações Institucionais) é um candidato forte à sucessão.

Ministro da Defesa, Waldir Pires sai, embora não esteja à vista nenhum sucessor. Chegou-se a pensar no atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB), mas este tem chances reais de permanecer no cargo. O mais provável é que o adversário de Rebelo, Arlindo Chinaglia (PT), seja conduzido à pasta.

Ministro das Relações Exteriores, o embaixador Celso Amorim permanece na cadeira.

Ministro da Fazenda, Guido Mantega permanece no governo.

Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos deixa o cargo para o senador eleito Alfredo Nascimento (PR-AM, ex-PL), que provavelmente voltará ao cargo.

Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto deixa o governo.

Ministro da Educação, Fernando Haddad é mantido na pasta, após uma gestão correta e alinhada aos interesses petistas.

Ministro da Cultura, Gilberto Gil já recebeu do presidente a confirmação de sua permanência no cargo.

Ministro do Trabalho e Emprego, o sindicalista Luiz Marinho continua na condução da política trabalhista de Lula, de quem é amigo.

Ministro da Previdência Social, Nelson Machado deixa o cargo e provavelmente será substituído por um nome do PMDB.

Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias continua.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo