Publicado Terça, 31 de Maio de 2022 às 11:44, por: CdB
"Nós queremos também reformular a Funai e nós teremos um indígena ocupando a Presidência. Nunca teve na história e a gente também nunca quis, enquanto movimento indígena. Mas, agora a gente quer, sim, a presidência da Funai. Queremos, sim, o Ministério e queremos também participar das discussões de outras políticas", reivindica a líder indígena.
Por Redação - de Brasília
As causas indígenas e ambientais do Brasil sempre chamaram a atenção de ativistas pelo mundo. Mas, o momento coloca o país ainda mais sob os holofotes internacionais. Na última semana, a ativista Sônia Guajajara foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista norte-americana de ultradireita Time.
Candidata a vice-presidente na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), a índia Guajajara responde a Bolsonaro: "Nossas terras não estão à venda"
Desde os primeiros dias do governo Jair Bolsonaro (PL), celebridades mundiais fazem enfrentamentos às mazelas ambientais da gestão federal, principalmente em relação ao desmatamento da Floresta Amazônica e a agressão sistemática aos povos indígenas.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-26) realizada o ano passado em Glasgow, na Escócia, a Articulação dos Povos Indígenas (Apib), organização da qual Guajajara é coordenadora, levou a maior delegação indígena a um evento como esse.
‘Quer sim’
— Esse governo Bolsonaro, por conta de todas as maldades que ele vem fazendo, tem despertado esse olhar internacional para os povos indígenas, para o meio ambiente — afirmou Guajajara.
A ativista, filiada ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), que apoia a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno, reivindica maior participação em um futuro governo do PT.
— Nós queremos também reformular a Funai e nós teremos um indígena ocupando a Presidência. Nunca teve na história e a gente também nunca quis, enquanto movimento indígena. Mas, agora a gente quer, sim, a presidência da Funai. Queremos, sim, o Ministério e queremos também participar das discussões de outras políticas — conclui a líder indígena.