Os leilões ofertam concessões para a construção e futura operação de 7,4 mil quilômetros em novas linhas de transmissão de energia
Por Redação - de São Paulo
O leilão de concessões para a construção de novas linhas de transmissão de energia promovido pelo governo federal nesta segunda-feira começou com intensa concorrência e fortes deságios. Estes ultrapassaram os 30% em seis dos sete primeiros lotes de empreendimentos oferecidos para os investidores.
Os leilões ofertam concessões para a construção e futura operação de 7,4 mil quilômetros em novas linhas de transmissão de eletricidade, que demandarão investimentos de R$ 13,1 bilhões se todos os projetos forem arrematados, conforme esperado pelo governo.
Leva a concessão de cada empreendimento a empresa que aceitar receber a menor Receita Anual Permitida (RAP) pela linha, em contratos de concessão com 30 anos de duração.
O primeiro lote, o maior da licitação, foi arrematado pelo consórcio Colúmbia, uma parceria entre as transmissoras Taesa e Cteep. O deságio chegou a 33,2% ante a receita anual máxima oferecida pelo empreendimento. O segundo ficou com o consórcio Cesbe-Fasttel, com desconto de 12,5%.
Investidores em energia
O terceiro lote de concessões para novas linhas foi arrematado pela Energisa, com deságio de 37,6%, e o quarto pela Elektro, da espanhola Iberdrola, com 34,64% de deságio.
No quinto e no sexto, a Cteep venceu sozinha, com desconto de 32,2% e 44,5%, respectivamente. O sétimo lote ficou com a EDP Brasil, com deságio de 36,5%.
Praticamente todos lotes receberam propostas de diversos investidores. No primeiro lote, cinco proponentes disputaram a concessão, que exigirá R$ 1,9 bilhão em investimentos. No terceiro lote, nove empresas chegaram a apresentar lances.
Entre os investidores que apresentaram propostas na licitação até o momento estão, além das vencedoras, a indiana Sterlite Power Grid, estreante no Brasil, as elétricas Copel, Alupar e Engie, além dos players financeiros BTG Pactual, Vinci e Pátria.
Leilões
Os leilões ocorrem na sede da bolsa B3, em São Paulo, organizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O certame oferecerá ao todo concessões em 20 Estados brasileiros divididas em 35 lotes. Os prazos para entrada em operação estão fixados entre 36 e 60 meses.
O governo elevou ainda no ano passado a taxa de retorno oferecida para os empreendimentos de transmissão. Favorece, assim, a forte competição no leilão e o grande número de empresas interessadas nos lotes.