Jornalista pode ter alta sem saber se teve pneumonia atípica

A jornalista inglesa Sally Blower, internada em São Paulo com suspeita de estar com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a pneumonia asiática, deve receber alta antes de saber se ela teve a doença. Sally deve sair do Hospital Albert Einstein nesta quinta-feira e os exames definitivos só ficarão prontos em duas semanas. A jornalista não contaminará outras pessoas, mesmo que ela tenha tido a SRAG, pois já passaram os dez dias da possível incubação do vírus. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Estado, depois que as vítimas da pneumonia se curam, elas não correm mais riscos. O organismo da pessoa desenvolve mecanismos de defesa e ela não contrai mais a doença. Além disso, dez dias depois da contaminação o paciente deixa de ser transmissor do vírus. A Secretaria também garantiu que os exames que confirmam se Sally teve a doença só ficarão prontos em duas semanas e não nesta quarta-feira, como o foi anunciado pelo ministro Humberto Costa. O segundo caso suspeito de pneumonia asiática confirmado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) também foi registrado em São Paulo. Um garoto chinês de quatro anos está internado desde terça no Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas, com os sintomas da doença. O quadro médico do menino melhorou e ele pode ter alta em breve. Como há suspeita de que ele teve a doença, todas as pessoas que estiveram com ele nos últimos dez dias ficarão em observação. Os médicos que examinaram o garoto em Sorocaba, antes de ele ser levado para Campinas, ficarão isolados. Até esta quarta-feira, foram notificados à Funasa 13 casos suspeitos da doença em oito Estados, mas apenas Sally e o menino chinês se enquadram dentro dos critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS): área de origem de risco, sintomas e tempo de incubação da doença.