John Lee é eleito governador de Hong Kong

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Publicado Segunda, 09 de Maio de 2022 às 09:43, por: CdB

Candidato único na eleição, Lee obteve 1.416 votos a favor dos 1.461 membros da comissão eleitoral de Hong Kong, quase todos pró-China. Conhecido como um "falcão da segurança" e descrito como um "carrasco", o novo governador passou 40 de seus 64 anos de vida na força policial.

Por Redação, com ANSA - de Hong Kong

John Lee Ka-chiu, ex-número dois da administração de Hong Kong, foi eleito como novo governador da antiga colônia britânica. O ex-policial vai assumir o cargo no lugar de Carrie Lam, que decidiu não se candidatar novamente.
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John Lee é o antigo número 2 da administração de Hong Kong
Candidato único na eleição, Lee obteve 1.416 votos a favor dos 1.461 membros da comissão eleitoral de Hong Kong, quase todos pró-China. Conhecido como um "falcão da segurança" e descrito como um "carrasco", o novo governador passou 40 de seus 64 anos de vida na força policial. Lee era um firme defensor da lei de segurança nacional imposta por Pequim em junho de 2020, tanto que no ano passado, elogiou Lam por "acabar com o caos imediatamente" e restaurar a ordem em Hong Kong. Na época, a ex-colônia britânica registrava diversos protestos contra a medida. O ex-policial será empossado como governador em 1º de julho, no 25º aniversário do retorno de Hong Kong à China. Ele cumprirá um mandato de cinco anos e deverá supervisionar a fórmula de governo "um país, dois sistemas", acordada entre Deng Xiaoping e Margaret Thatcher em 1997. Mesmo que distorcido, o modelo expirará somente em 2047.

Integração com a China

Falando em cantonês e inglês após a vitória, Lee disse que seu novo cargo exigirá prestação de contas a Pequim e à cidade em conformidade com a lei, que é um "pilar fundamental de uma governança sólida". Ele prometeu proteger a segurança nacional, trabalhar para uma maior integração com a China e enfrentar vários desafios, como a queda de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre em função da pandemia de covid-19. – A União Europeia deplora esta violação dos princípios democráticos e do pluralismo político e considera este processo de seleção como mais um passo para o desmantelamento do princípio 'um país, dois sistemas' – alertou Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia.
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