Japão entra em alerta após detectar variante 'diferente' vinda das Filipinas

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Publicado Segunda, 15 de Março de 2021 às 10:18, por: CdB

 

As autoridades de saúde do Japão têm demonstrado preocupação após detectar uma variante "diferente" do coronavírus em um viajante proveniente das Filipinas, sugerindo alterações às restrições de viagens e controle fronteiriço.

Por Redação, com Sputnik - de Tóquio/Bruxelas/Nova York
As autoridades de saúde do Japão têm demonstrado preocupação após detectar uma variante "diferente" do coronavírus em um viajante proveniente das Filipinas, sugerindo alterações às restrições de viagens e controle fronteiriço.
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Japão entra em alerta após detectar variante de coronavírus 'diferente' vinda das Filipinas
A mutação, que difere das descobertas no Reino Unido, África do Sul e Brasil, foi detectada em um homem de aproximadamente 60 anos de idade que chegou ao aeroporto de Narita no dia 25 de fevereiro e não apresentava sintomas da doença. "A cepa começou a ser detectada nas Filipinas e espalhou-se até aqui", apontam as autoridades japonesas, informa The Japan Times. Considera-se que a variante filipina apresente um nível de ameaça semelhante ao das cepas sul-africana e brasileira. Contudo, existe também a possibilidade de a filipina ser mais resistente a anticorpos, incluindo os obtidos por vacinação.

Alemanha, Itália, França e Espanha

No mês passado, a Hungria se tornou a primeira nação da União Europeia (UE) a aprovar o uso da Sputnik V, que já foi autorizada em 50 países.
Nesta segunda-feira, o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF, na sigla em russo), fechou acordos com empresas da Itália, Espanha, França e Alemanha para iniciar a produção conjunta da vacina russa Sputnik V, anunciou Kirill Dmitriev, diretor-geral do RDIF. – Atualmente, há negociações adicionais em andamento para aumentar a produção na UE. Isso nos permitirá começar a fornecer a Sputnik V ao mercado único europeu assim que a aprovação for concedida pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) – disse o diretor-geral. Dmitriev acrescentou que o RDIF e seus parceiros estão prontos para começarem a fornecer vacinas aos países da UE que autorizarem de forma independente a Sputnik V. O medicamento até agora foi aprovado para uso emergencial em 50 países, incluindo várias nações europeias, como Hungria, Eslováquia, Sérvia, Montenegro, San Marino e Macedônia do Norte. No Brasil, o Ministério da Saúde assinou contrato para a compra de dez milhões de doses da Sputnik V na última sexta-feira. O cronograma aponta que 400 mil doses devem ser recebidas até o final de abril. Outros dois milhões de doses chegarão até o final de maio, enquanto 7,6 milhões de doses são esperadas até junho deste ano. Desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya (Centro Gamaleya) e promovido pelo RDIF, a vacina russa tornou-se o primeiro medicamento anticoronavírus registrado no mundo em agosto de 2020. De acordo com a análise de ensaios clínicos de fase três, publicada no The Lancet, a vacina tem uma taxa de eficácia de 91,6% contra a covid-19. A Agência Europeia de Medicamentos está atualmente conduzindo uma revisão contínua da vacina, o RDIF disse que a Sputnik V poderia ser fornecida a 50 milhões de residentes da UE a partir de junho, assim que a EMA aprovar seu uso.

Detectados 34 casos

De acordo com o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, até agora, foram detectados 34 casos da nova variante na parte central das Filipinas desde o final de janeiro. Anteriormente foi anunciado que, a fim de evitar a propagação de covid-19 e devido à detecção de variantes mais contagiosas do vírus em vários países, o governo japonês planeja realizar Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio 2020 sem espectadores estrangeiros. A Olimpíada de Tóquio foi adiada em razão da pandemia da covid-19 em 2020, mas foi remarcada para o período de 23 de julho a 8 de agosto deste ano.

Outra doença

Pesquisadores contaram o número de casos de mielite flácida aguda, uma doença com potencial efeito paralisante, e descobriram que um esperado surto em 2020 não se materializou devido ao SARS-CoV-2.
Embora tenha acontecido acidentalmente, a pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 impediu que em 2020 a mielite flácida aguda, uma doença que afeta o sistema nervoso e pode provocar paralisia, se propagasse mais, revela um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. O estudo disse que a doença, cuja provável origem vem de um vírus chamado EV-D68, tem ressurgido em anos pares nos EUA, em 2014, 2016 e 2018, presumivelmente devido a fatores climáticos. Assim, em 2016 foram registrados 153 casos, e mais 238 em 2018. No entanto, em 2020 apenas foram catalogados 31 casos, algo que a equipe liderada por Sang Woo Park, da Universidade de Princeton, EUA, atribui aos efeitos da pandemia, que teria reduzido os efeitos não só da covid-19, como também desta doença devido às políticas de distanciamento social, quarentenas e lockdowns. Apesar disso, os pesquisadores alertam que uma possível falta de imunidade viral pode representar um perigo à população. "Se o distanciamento social impedir a ocorrência do surto, então o grupo suscetível pode aumentar ainda mais", escrevem. A mielite flácida aguda afeta "particularmente a área da medula espinhal chamada 'massa cinzenta', que causa o enfraquecimento dos músculos e reflexos do corpo", e mais de 90% dos casos se concentram em crianças, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA.  
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