Janja batiza submarino Tonelero, construído em parceria com franceses

Arquivado em:
Publicado Quarta, 27 de Março de 2024 às 19:43, por: CdB

Em seguida ao batizado, o submarino foi deslocado até a água e submergiu após alguns minutos. A quebra de uma garrafa de vidro no casco de um navio ou outro equipamento naval por uma mulher é uma antiga tradição marítima, com registros desde a era dos babilônios, para dar proteção aos “homens que se lançam ao mar”.


Por Redação - do Rio de Janeiro

A socióloga Janja Lula da Silva, mulher do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), batizou o submarino Tonelero (S42) nesta quarta-feira. A nave foi inaugurada e lançada ao mar depois de Janja quebrar uma garrafa de espumante no casco do submarino, em cerimônia realizada no Complexo Naval e Industrial de Itaguaí (RJ).

tonelero1.jpg
Janja quebrou uma garrafa de champanhe no casco do submarino Tonelero


Janja foi acompanhada até a embarcação pelo comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen.

— Eu te batizo submarino Tonelero. Que Deus abençoe esse submarino e todos os marinheiros que aqui navegarem — declarou a primeira-dama, durante o batismo.

 

Tradição


Em seguida ao batizado, o submarino foi deslocado até a água e submergiu após alguns minutos. A quebra de uma garrafa de vidro no casco de um navio ou outro equipamento naval por uma mulher é uma antiga tradição marítima, com registros desde a era dos babilônios, para dar proteção aos “homens que se lançam ao mar”. É também nessa cerimônia que a embarcação recebe seu nome oficial.

O Tonelero é o terceiro submarino brasileiro a propulsão convencional e faz parte do Programa de Desenvolvimento dos Submarinos, o ProSub, desenvolvido em parceria entre o Brasil e a França. A parceria foi firmada em 2008, com orçamento de cerca de R$ 40 bilhões. A previsão inicial era de que o submarino fosse colocado em operação em 2020. O Tonelero pode ficar em operação por até 70 dias submerso e tem capacidade de carregar 1.870 toneladas. Pode atingir a profundidade de 250 metros.

O ProSub tem como um de seus principais pontos a transferência de tecnologia francesa para a construção de embarcações nacionais, mas o Brasil ainda cobra mais cooperação em relação à tecnologia nuclear.

 

Cerimônia


A participação das primeiras-damas no batismo de embarcações militares é um gesto tradicional na Marinha do Brasil. Em dezembro de 2018, a ex-primeira-dama Marcela Temer foi madrinha do submarino Riachuelo, também parte do Prosub.

Em 2020, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou a ser convidada para inaugurar o submarino Humaitá, mas cancelou sua participação de última hora. Adelaide Chaves Azevedo e Silva, mulher do então ministro da Defesa, Fernando Azevedo, foi chamada para a cerimônia.

Em 2003, a segunda mulher de Lula, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, foi madrinha do navio de longas distâncias Metaltanque 6, lançado em Itajaí (SC). Em 2008, ela batizou a plataforma de petróleo P51 e em 2010, o navio cargueiro Log-in Jatobá. A ex-primeira-dama Ruth Cardoso foi madrinha do submarino Timbirá, lançado ao mar em 1996.

Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo