Rio de Janeiro, 20 de Setembro de 2024

Jair Bolsonaro ignora colapso, mortes e critica medidas de isolamento

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Quarta, 31 de Março de 2021 às 11:37, por: CdB

Após o Brasil bater mais um recorde de mortes por covid-19 em 24 horas, o presidente Jair Bolsonaro veio a público nesta quarta-feira para criticar novamente as medidas de isolamento contra a pandemia.

Por Redação, com ANSA - de Brasília Após o Brasil bater mais um recorde de mortes por covid-19 em 24 horas, o presidente Jair Bolsonaro veio a público nesta quarta-feira para criticar novamente as medidas de isolamento contra a pandemia.
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Sepultamento no Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo
Com hospitais do país todo em colapso e pessoas morrendo sem atendimento médico adequado, Bolsonaro afirmou que "não é ficando em casa que vamos solucionar esse problema". "O apelo é para que a política de confinamento seja revista. Só assim poderemos voltar à normalidade", declarou. O Brasil registrou 3.780 mortes por covid-19 na terça-feira, maior número para um período de 24 horas no país desde o início da pandemia. Atualmente, o Brasil tem a segunda maior cifra de óbitos por coronavírus em termos absolutos (317.646) e a 18ª em índices relativos (152 mortes/100 mil habitantes). O país contabilizou pelo menos 62.704 óbitos apenas em março de 2021. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, somente 10 países em todo o mundo (EUA, México, Índia, Reino Unido, Itália, Rússia, França, Alemanha, Espanha e Colômbia) registram mais mortes considerando todo o período da pandemia. – Nenhuma nação se sustenta por muito tempo com esse tipo de política – disse Bolsonaro em relação às medidas de isolamento impostas por alguns governadores e prefeitos.

Compra de vacinas

Com o atraso do governo federal na compra de vacinas, o confinamento é hoje a principal arma do país para reverter o colapso no sistema de saúde, embora a maior parte dos governadores e prefeitos resista em implantar confinamento, que é a proibição de circular na rua sem motivo justificado. Para Bolsonaro, no entanto, só existe um caminho para o Brasil: "deixar o povo trabalhar". "Os efeitos colaterais do combate à pandemia não podem ser mais danosos do que o próprio vírus. Qualquer um pode contrair o vírus, mas a fome mata muito mais do que o próprio vírus", disse o presidente. Em pouco mais de um ano, o Brasil perdeu pelo menos 317.646 vidas para a covid-19, sem contar a subnotificação, mas Bolsonaro não informou quantas pessoas morreram de fome no país nesse período. "Temos que enfrentar a realidade, não adianta fugirmos do que está aí", declarou.
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