Itália tem paralisação por direitos e contra Meloni no 'Dia da Mulher'

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Publicado Sexta, 08 de Março de 2024 às 11:21, por: CdB

Nos últimos dias, as autoridades chegaram a intervir para diminuir a paralisação dos transportes e evitar concentrações no setor. No entanto, da meia-noite passada até às 21h desta noite, um grupo independente de funcionários do grupo FS também entrou em greve.


Por Redação, com ANSA - de Roma


Por ocasião do "Dia Internacional da Mulher", celebrado anualmente em 8 de março, uma greve geral foi convocada por diversos sindicatos na Itália para protestar por direitos igualitários e contra as políticas do governo da premiê Giorgia Meloni.




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Multidão está reunida em Roma em protesto

Diversos atos estão previstos no país para esta sexta-feira, incluindo paralisações organizadas por um sindicato independente de transportes ferroviários e pelos trabalhadores da Enel.


Entre as reivindicações, os manifestantes pedem luta contra a violência e discriminação salarial, além de criticarem as políticas públicas da administração Meloni.


Nos últimos dias, as autoridades chegaram a intervir para diminuir a paralisação dos transportes e evitar concentrações no setor. No entanto, da meia-noite passada até às 21h desta noite, um grupo independente de funcionários do grupo FS também entrou em greve.


Os sindicatos se uniram pelos direitos das mulheres em muitos setores, incluindo educação e saúde, e também em cargos públicos.


– Os direitos das mulheres, a igualdade de gênero, a autodeterminação, a igualdade salarial ainda não são uma realidade para todos, pelo contrário, assistimos a um ataque constante aos direitos já adquiridos – declarou Gianna Fracassi, secretária-geral do sindicato Flc Cgil.


Segundo a italiana, "as disparidades salariais e a incidência do trabalho pobre e precário e do trabalho de cuidados, nunca reconhecido como uma responsabilidade social, é sempre e ainda transferido para as mulheres".


– Vemos um modelo patriarcal profundo, enraizado e difundido sendo consolidado. Basta olhar para quanta violência física, psicológica e econômica contra as mulheres ainda existe no país, nas escolas, na formação profissional, nas academias, nas universidades e nas instituições de investigação, como a cultura da disparidade e do preconceito está profundamente enraizada e difícil de erradicar – continua a líder sindical.



Valorização da diversidade


Fracassi destacou ainda que "a qualidade da nossa democracia exige que a formação das pessoas esteja fortemente orientada para a promoção de uma cultura verdadeiramente pacífica, contra a violência, para a igualdade, para o respeito e valorização da diversidade, para a educação, para o diálogo como principal caminho, para a superação de conflitos".


– Parece-nos necessário, portanto, permitir que as mulheres e os homens que representamos e que todos os dias contribuem para a educação dos futuros dos cidadãos deste país, saiam às ruas com meninas e meninos e participem em iniciativas de mobilização utilizando o instrumento da greve e apoiando assim as razões e pedidos de um 8 de março de marcha de luta – conclui Fracassi.


A expectativa é de que a greve geral provoque cancelamentos e limitações dos trens regionais da Trenitalia, que garantiu que os serviços essenciais dos comboios regionais serão garantidos nos horários de maior movimento: das 6h às 9h e das 18h às 21h (horário local).


"A greve também poderá causar potenciais impactos na circulação dos trens Intermunicipais e de Alta Velocidade", alerta o grupo.


Além disso, por causa da paralisação, todos os setores públicos e privados do serviço de saúde de Turim "podem estar sujeitos a atrasos ou ineficiências.




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