Itália: sindicatos realizam greve contra Lei Orçamentária de Meloni

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Publicado Sexta, 17 de Novembro de 2023 às 12:46, por: CdB

A iniciativa foi convocada em protesto ao projeto de Lei Orçamentária do governo para 2024, que tramita atualmente no Parlamento. Durante seu discurso, o líder da CGIL, Maurizio Landini, acusou o governo de levar o país ao colapso, por um caminho perigoso.


Por Redação, com ANSA - de Roma


A Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil) e a União Italiana do Trabalho (UIL), dois dos maiores sindicatos do país, realizam nesta sexta-feira uma greve geral de quatro horas de duração na piazza del Popolo, em Roma, contra medidas do governo da premiê Giorgia Meloni.




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Iniciativa foi convocada em protesto ao projeto de Lei Orçamentária do governo para 2024

A iniciativa foi convocada em protesto ao projeto de Lei Orçamentária do governo para 2024, que tramita atualmente no Parlamento.


O vice-premiê e ministro dos Transportes, Matteo Salvini, emitiu uma liminar na qual limitou o protesto de um dia para quatro horas no setor dos transportes, depois que o órgão de fiscalização da greve do país disse que a paralisação não atendia aos requisitos para uma greve geral e deveria ser remarcada.


Os sindicatos afirmaram que vão recorrer da decisão, acusando o governo de atacar o direito à greve e o órgão de fiscalização de obedecer às exigências do executivo.


Durante seu discurso, o líder da CGIL, Maurizio Landini, acusou o governo de levar o país ao colapso, por um caminho perigoso.


– Estamos aqui porque representamos a maioria deste país, aqueles que pagam impostos, cujo trabalho mantém o país de pé e que hoje não são ouvidos por este governo – declarou Landini.


Segundo o líder sindicalista, "o governo está empurrando o país para uma parede de tijolos e não vamos permitir isso".


– Ao contrário do governo, temos uma visão em mente para dar ao país, aos jovens, um futuro – enfatizou ele.


Greve dos transportes


Landini também expressou seu descontentamento com a decisão de Salvini de limitar a greve dos transportes a quatro horas.


– Espero que prevaleça o bom senso e a retirada desse limite absurdo que colocaram a um direito fundamental – disse ele.


Por outro lado, Salvini manteve sua polêmica decisão e disse estar "orgulhoso de que 20 milhões de italianos possam circular livremente hoje".


Em uma visita a Bari, o vice-premiê reforçou que "o direito de uma minoria à greve não pode impedir o direito da maioria de (ir ao) trabalho".


A CGIL convocou em conjunto com o sindicato UIL uma greve, entre outros setores, na Saúde e na Educação e de quatro horas nos Transportes apenas nas regiões centro do país contra o orçamento aprovado pelo Executivo Meloni.


Segundo organizadores da mobilização, ao menos 60 mil pessoas participaram da greve na capital italiana, enquanto em cidades como Milão milhares de estudantes saíram às ruas em manifestações para exigir mais recursos para a educação.




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