Itália proibirá manifestações pró-Palestina em 'Dia do Holocausto'

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Publicado Sexta, 26 de Janeiro de 2024 às 11:45, por: CdB

O possível cancelamento dos protestos, porém, foi criticado pela comunidade judaica. "Porque é que a manifestação de 27 de janeiro seria um problema? O que está a acontecer em Gaza não é o que aconteceu em Varsóvia?


Por Redação, com ANSA - de Milão


A prefeitura de Milão anunciou nesta sexta-feira que as manifestações a favor da Palestina agendadas para o próximo dia 27 de janeiro, na cidade italiana, devem ser proibidas, por ocasião do Dia da Memória do Holocausto.




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Anúncio foi feito pelo prefeito de Milão, Giuseppe Sala

Segundo o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, a decisão está alinhada com o ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, que pediu para todos considerarem a possibilidade de remarcar os protestos para outra data.


Em um comunicado do Departamento de Segurança Pública, os comissários da polícia são convidados a transferir os atos em Roma e Milão para garantir "assim a liberdade de manifestação que, neste caso, deverá ser conciliado com o valor atribuído ao Dia da Memória".


"Manifestações no dia em que são lembradas as vítimas do Holocausto podem prejudicar alguns valores estabelecidos por lei, como a celebração de Shoah", acrescenta o texto.


O pedido chega após o chefe da polícia local, Vittorio Pisani, informar a necessidade de implementar medidas adequadas de prevenção e segurança para as manifestações, "tendo em conta a contínua ameaça terrorista".


– É difícil para mim entrar nesta dinâmica e não é algo que diga respeito apenas a Milão, por isso penso que não faz sentido começar a discutir ou comentar tal uma decisão – afirmou o prefeito de Milão.



Protestos


O possível cancelamento dos protestos, porém, foi criticado pela comunidade judaica. "Porque é que a manifestação de 27 de janeiro seria um problema? O que está a acontecer em Gaza não é o que aconteceu em Varsóvia? Não podemos deixar de perguntar por que não podemos também ficar do lado dos palestinos que estão a viver uma crise de genocídio: 20 mil civis foram exterminados e isso não pode ser considerado uma defesa", questionaram.




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