Itália condena neofascistas por ataque a sindicato

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Publicado Segunda, 11 de Julho de 2022 às 10:24, por: CdB

Fundado em 1997, o Força Nova recusa o rótulo de "neofascista", mas suas manifestações são sempre repletas de referências nostálgicas ao ditador Benito Mussolini e a símbolos do fascismo, como a saudação romana.

Por Redação, com ANSA - de Roma

Um tribunal de Roma condenou nesta segunda-feira seis pessoas pelo assalto à sede da Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil), principal sindicato do país, em outubro passado.
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Invasão de neofascistas na sede da Cgil, em Roma
O ataque foi liderado por membros do movimento neofascista Força Nova (FN) e ocorreu durante um protesto na capital contra a exigência de certificado sanitário anticovid. As penas impostas pela Justiça em rito abreviado, quando os réus abdicam da convocação de testemunhas de defesa, vão de quatro anos e meio a seis anos de cadeia. Os acusados com as sentenças mais duras são Fabio Corradetti, enteado de Giuliano Castellino, líder do FN em Roma, e Massimiliano Urisno, chefe do movimento em Palermo. Fundado em 1997, o Força Nova recusa o rótulo de "neofascista", mas suas manifestações são sempre repletas de referências nostálgicas ao ditador Benito Mussolini e a símbolos do fascismo, como a saudação romana.

O fantasma do "squadrismo"

O assalto à Cgil fez renascer o fantasma do "squadrismo", tática paramilitar de intimidação contra oponentes incorporada pelo fascismo logo em seus primórdios. O FN é historicamente próximo ao partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), que hoje lidera praticamente todas as pesquisas de intenção de voto em âmbito nacional.
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