O Ministério da Saúde do Hamas – grupo que governa a Faixa de Gaza – afirmou que "120 feridos” e um número indeterminado de bebês prematuros não puderam ser retirados do local.
Por Redação, com DW - de Gaza
Centenas de pessoas, incluindo a maioria da equipe médica e dos pacientes, deixaram a pé neste sábado o hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, sitiado há dias pelo Exército israelense. Ficou para trás somente parte reduzida da equipe médica para cuidar daqueles que estão doentes demais para serem transportados; além das forças israelenses, que invadiram o complexo na quarta-feira.
O Ministério da Saúde do Hamas – grupo que governa a Faixa de Gaza – afirmou que "120 feridos” e um número indeterminado de bebês prematuros não puderam ser retirados do local. Autoridades do complexo médico, o maior da Faixa de Gaza, haviam dito anteriormente que 450 pacientes e feridos não poderiam ser evacuados. Vários médicos permanecem no Al-Shifa para tratá-los, disseram.
Refugiados
O Exército israelense, entretanto, negou ter dado a ordem de evacuação do complexo. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), o Exército "atendeu ao pedido do diretor do hospital Al-Shifa para permitir que outros habitantes de Gaza, que estavam refugiados no hospital e desejavam sair, o fizessem por uma rota segura”.
Em uma postagem no X (antigo Twitter) as IDF "até sugeriram que sempre que houver um pedido para coordenar uma evacuação médica, trabalharemos para permitir e transferir os pacientes para outros hospitais”.
Israel tem realizado operações militares dentro do al-Shifa, à procura do centro de operações do Hamas que, segundo diz, se encontra sob o vasto complexo médico – uma acusação que o Hamas rejeita.
Ataque mata dezenas
Ainda neste sábado, ataques aéreos israelenses em blocos residenciais na cidade de Khan Younis, o sul de Gaza, mataram ao menos 32 palestinos, disseram médicos, de acordo com a agência inglesa de notícias Reuters. Outras fontes falam em "ao menos 26 mortos".
Os bombardeios ocorreram depois que Israel alertou novamente civis para que deixem Khan Younis, à medida que os militares israelenses atacam o sul da Faixa de Gaza, depois de subjugarem o norte do enclave.
Tal medida pode obrigar centenas de milhares de palestinos que fugiram para o sul devido ao ataque israelense à Cidade de Gaza a se mudarem novamente, junto com moradores da própria Khan Younis, cidade de mais de 400 mil habitantes, agravando uma terrível crise humanitária.