A agência indicou que o país tem agora mais de 300 centrífugas nucleares em operação - cerca de 10% do total necessário para enriquecer urânio em escala industrial.
O Conselho de Segurança da ONU está analisando a possibilidade de adotar sanções contra o Irã, depois que o país desrespeitou um prazo que ia até agosto para paralisar o enriquecimento.
O governo iraniano ainda não convenceu os Estados Unidos e outros países ocidentais de que seu programa nuclear tem, como afirma, fins pacíficos, e não o de desenvolver armas nucleares.
Gás
De acordo com a correspondente da BBC em Teerã, Francis Harrison, o primeiro grupo de centrífugas, com um total de 164 máquinas, foi colocado em operação em fevereiro na fábrica de enriquecimento de urânio de Natanz.
Um gás, o hexafluoreto de urânio, é injetado nas centrífugas, que fazem o enriquecimento até o ponto em que o material pode ser usado como combustível nuclear.
As informações vindas do Irã sugerem que os cientistas injetaram gás no segundo grupo de centrífugas e que a operação gerou um "produto".
A correspondente diz que esse grupo de centrífugas teria sido instalado há duas semanas.
O Irã afirma que tem planos de instalar três mil centrífugas em sua fábrica de combustível nuclear de Natanz até o final de 2006.
Reações
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que a comunidade internacional tem agora que trabalhar mais duro para impedir que o Irã fabrique uma bomba nuclear.
Segundo Bush, é inaceitável que Teerã tenha controle sobre tal armamento.
O presidente francês, Jacques Chirac, disse que sanções devem ser impostas ao Irã se o diálogo com o país não avançar.
Por sua vez, um representante do governo britânico disse que a ativação da segunda leva de centrífugas mostra mais intransigência por parte das autoridades iranianas.