Investidores apostam em moedas emergentes, contra o dólar

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Publicado Terça, 16 de Maio de 2023 às 16:42, por: CdB

A T. Rowe Price, que administra US$ 1,3 trilhão em ativos, a Fidelity International e a Abrdn estão entre as empresas globais que fazem apostas otimistas em certos ativos da América Latina, onde dois anos de aumentos agressivos nas taxas de juros amenizaram a inflação, colocando-a em curso para cortes mais cedo do que na maioria das outras regiões.


Por Redação, com Bloomberg - de São Paulo

Alguns dos maiores investidores institucionais do mundo estão apostando em moedas de mercados emergentes como o Brasil para superar seus pares de nações ricas à medida que o aperto monetário se aproxima do fim, o crescimento desacelera e crescem os apelos por um dólar mais fraco.

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A moeda norte-americana vem perdendo valor frente ao meio circulante de países em desenvolvimento


A T. Rowe Price, que administra US$ 1,3 trilhão em ativos, a Fidelity International e a Abrdn estão entre as empresas globais que fazem apostas otimistas em certos ativos da América Latina, onde dois anos de aumentos agressivos nas taxas de juros amenizaram a inflação, colocando-a em curso para cortes mais cedo do que na maioria das outras regiões.

Nesta segunda-feira, o dólar caiu 0,89% e encerrou negociado a R$ 4,89. No fim de 2022, a moeda norte-americana era cotada a R$ 5,28.

A francesa Amundi, maior administradora de fundos da Europa com cerca de US$ 2,1 trilhões em ativos sob gestão, por sua vez, espera que o peso mexicano e o real brasileiro liderem a recuperação.

Rendimento


Com os aumentos médios dos preços ao consumidor em queda por dois trimestres sucessivos depois de uma alta de 11 anos, um número maior de nações em desenvolvimento está vendo suas taxas ajustadas pela inflação se tornarem positivas e aumentarem sua diferença em relação aos países desenvolvidos.

A América Latina está na vanguarda dessa mudança: Brasil e México oferecem rendimentos reais de 9,1% e 5%, respectivamente, em comparação com retornos próximos de zero nos Estados Unidos e negativo em 5,6% no Reino Unido. E isso estimula o chamado carry trade: tomar empréstimos em países com juros mais baixos e investi-los em mercados que oferecem rendimento mais elevado.

— Na maioria das vezes, as moedas high yield terão melhor desempenho — disse Edwin Gutierrez, chefe de dívida soberana de mercados emergentes da britânica Abrdn, com mais de US$ 600 bilhões em ativos sob gestão.

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