Durante o ano, o faturamento da indústria intercalou altas e baixas, mas, segundo a CNI, o terceiro trimestre indica que a trajetória é de queda. Na comparação com setembro de 2022, o indicador apresenta redução de 1,4%. As horas trabalhadas registraram o quarto mês sem avanços e, na comparação com o mesmo mês do ano passado, teve recuo de 3,5%.
Por Redação - de Brasília
A atual edição da pesquisa mensal da Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta para a perda de dinamismo da atividade da indústria de transformação na passagem de agosto para setembro. Os Indicadores Industriais mostram que o faturamento real do setor caiu 0,5% no período; as horas trabalhadas recuaram 1% e a utilização da capacidade instalada manteve tendência de queda, com redução de 0,3 ponto percentual de um mês para o outro.
Para a instituição, os juros altos seguem como um importante fator de desaceleração da indústria.
— Apesar do início dos cortes da taxa básica de juros, ela permanece exercendo um papel restritivo sobre a economia, contribuindo para um ambiente de crédito bastante desfavorável. Esperamos uma redução das concessões de crédito às empresas neste ano, em termos reais, e um crescimento fraco das concessões aos consumidores, o que já vem repercutindo sobre uma demanda bastante enfraquecida — explicou a economista da CNI Larissa Nocko.
Indicador
Durante o ano, o faturamento da indústria intercalou altas e baixas, mas, segundo a CNI, o terceiro trimestre indica que a trajetória é de queda. Na comparação com setembro de 2022, o indicador apresenta redução de 1,4%. As horas trabalhadas registraram o quarto mês sem avanços e, na comparação com o mesmo mês do ano passado, teve recuo de 3,5%.
Com o recuo no mês, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria de transformação alcançou 78,1% em setembro. Na comparação com setembro de 2022, a redução foi de 2,8 pontos percentuais.
“O resultado mostra continuidade da tendência de queda observada na série desde 2021”, resumiu a CNI, em nota divulgada nesta manhã.