Publicado Segunda, 21 de Fevereiro de 2022 às 10:21, por: CdB
Os incêndios atingiram na semana passada o Parque Nacional do Iberá, uma das maiores áreas úmidas de água doce do mundo, que abriga uma diversificada vida silvestre que inclui espécies em frágil estado de conservação, como cervos-do-pantanal, jacarés e mais de 380 espécies de aves.
Por Redação, com Reuters - de Buenos Aires
Incêndios continuavam atingindo nesta segunda-feira a província de Corrientes, na Argentina, onde já foram queimados cerca de 800 mil hectares, causando perdas de milhões e danificando flora e fauna protegidas.
Incêndios seguem arrasando província argentina de Corrientes
– A verdade é que a província vive uma catástrofe com essa questão dos incêndios. Há muita perda de animais, a questão da flora, da fauna. Além disso, essa era a nossa fonte de trabalho. Se perdermos isso, o que será de nós amanhã? – disse à agência inglesa de notícias Reuters Luis Candia, um vizinho que ajuda os bombeiros, com o rosto coberto para se proteger.
Há cerca de dois meses, bombeiros, brigadistas, policiais e voluntários combatem o incêndio, causado por seca e falta de chuva causada pelo fenômeno La Niña.
– Tudo se juntou: a seca de um ano e meio, as altas temperaturas, a falta de chuva e o estresse hídrico que as plantas já têm, o próprio solo – disse à Reuters Josefina Piñeiro, moradora da região.
Os incêndios
Os incêndios atingiram na semana passada o Parque Nacional do Iberá, uma das maiores áreas úmidas de água doce do mundo, que abriga uma diversificada vida silvestre que inclui espécies em frágil estado de conservação, como cervos-do-pantanal, jacarés e mais de 380 espécies de aves.
Imagens da região mostraram grandes áreas de campos queimados, animais fugindo do fogo ou mortos e trabalhadores exaustos lutando contra as chamas.
– Há uma perda muito importante na fauna, na flora, na parte elétrica. O incêndio causou estragos – disse Orlando Bertoni, chefe de operações da Defesa Civil de Corrientes, a uma rádio local no fim de semana. "Não temos escolha a não ser esperar pela natureza."