Imigração em massa prejudica a Grã-Bretanha, diz ministra

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Publicado Terça, 06 de Outubro de 2015 às 07:52, por: CdB
Por Redação, com Reuters - de Manchester, Inglaterra/Bruxelas: A imigração em massa está prejudicando a sociedade britânica, disse nesta terça-feira a ministra do Interior da Grã-Bretanha, Theresa May, em discurso concebido para aliviar as preocupações de alguns eleitores que temem que o governo não esteja conseguindo controlar as fronteiras do país. May afirmou, na conferência anual do governista Partido Conservador, que não é de interesse nacional manter os níveis de imigração vistos ao longo dos últimos dez anos. A migração líquida na Grã-Bretanha atingiu um pico de 330 mil pessoas no ano até março, muito acima do nível de 100 mil prometido pelo primeiro-ministro David Cameron.
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A imigração em massa está prejudicando a sociedade britânica, disse nesta terça-feira a ministra do Interior da Grã-Bretanha, Theresa May
As altas taxas de imigração têm alimentado o apoio aos partidos rivais dos conservadores e são vistas como um fator que pode convencer os britânicos a votarem pela saída do país da União Europeia num referendo sobre a adesão que deve ser realizado até o final de 2017. – Quando a imigração é muito alta, quando o ritmo de mudança é rápido demais, é impossível construir uma sociedade coesa – disse, acrescentando que a imigração em massa exaure os serviços públicos, como escolas e hospitais, leva à redução de salários e empurra algumas pessoas para fora do trabalho. Refugiado é encontrado morto O corpo de um refugiado foi encontrado na segunda-feira num abrigo de acolhimento na cidade de Saalfeld, no estado alemão da Turíngia, após um incêndio no local, afirmou a polícia. Segundo os policiais, as causas do incêndio ainda são desconhecidas, mas não há sinais de que ele tenha sido criminoso. As investigações estão em andamento. Segundo a emissora MDR, bombeiros encontraram o corpo na noite desta segunda-feira numa moradia do centro de acolhimento. O local estava cheio de fumaça. Outros moradores puderam ser retirados do prédio, que tem três andares. O morto seria um homem de 29 anos de Eritreia. A polícia afirmou que tanto a causa da morte como a identidade da vítima ainda eram desconhecidas. Em março, 13 pessoas ficaram feridas num incêndio no porão de um abrigo de refugiados na mesma cidade. Exigências para ajudar UE O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, apresentou na segunda-feira, em Bruxelas, uma lista de exigências em troca do seu apoio para a resolução da crise dos refugiados na União Europeia (UE). Ele defendeu a criação de uma zona de proteção na Síria e de uma zona de exclusão aérea na região da fronteira entre a Síria e a Turquia. Segundo Erdogan, a origem da crise está no "terrorismo de Estado do presidente Bashar al-Assad". – A União Europeia está pronta para abordar todas essas questões com a Turquia, e também debatemos uma zona de exclusão aérea na Síria – afirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, depois de se encontrar com Erdogan. Tusk afirmou, porém, que a Turquia também deve estar preparada para agir. "A situação em que centenas de milhares de pessoas vêm para a UE através da Turquia deve acabar", afirmou o polonês, que reconheceu que o bloco europeu necessita da ajuda turca para resolver a crise. Erdogan também exigiu apoio para a luta das Forças Armadas turcas contra o partido curdo PKK. Ele reclamou que, na prática, alguns países não reconhecem o PKK como uma organização terrorista e comparou o partido ao "Estado Islâmico", afirmando que não existem terroristas bons e ruins. Tusk não abordou o tema PKK e se limitou a dizer que UE e Turquia estão de acordo sobre a necessidade de combater o "Estado Islâmico". Segundo ele, ambos também consideram que "a solução não pode passar por uma Rússia, aliada ao presidente Assad, bombardeando forças da oposição legítima". A Turquia também espera ajuda financeira da UE para acomodar os milhões de refugiados sírios em seu território e mais agilidade na obtenção de vistos europeus por cidadãos turcos. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, propôs uma agenda migratória conjunta para UE e Turquia e defendeu que a UE agilize a liberação de vistos para cidadãos turcos. O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, também se mostrou a favor de que os pedidos da Turquia sejam atendidos, mas lembrou que criação de áreas de segurança e de exclusão aérea depende de uma decisão do Conselho de Segurança da ONU. Segundo Erdogan, a Turquia acolheu 2,5 milhões de refugiados, sendo 300 mil do Iraque e 2,2 milhões da Síria, ao custo atual de US$ 7,8 bilhões. Ele lembrou que a UE acolheu apenas 250 mil, e disse que a Turquia recebeu uma ajuda externa de apenas US$ 417 milhões para lidar com a sua crise dos refugiados. "Ainda assim continuamos com nossa política das portas abertas", afirmou.  
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