IEA: Corte na produção de petróleo conduz economia à recessão

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Publicado Quinta, 13 de Outubro de 2022 às 13:00, por: CdB

“A deterioração implacável da economia e os preços mais altos provocados por um plano da Opep+ para cortar a oferta estão diminuindo a demanda mundial de petróleo”, disse a agência com sede na capital francesa, que inclui os Estados Unidos e outros países consumidores importantes.

Por Redação, com Reuters - de Paris
A decisão do grupo produtor de petróleo Opep+ na semana passada de conter a produção elevou os preços e pode levar a economia global à recessão, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.
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Relatório da IEA aponta para alta de preços do petróleo, após redução dos estoques
“A deterioração implacável da economia e os preços mais altos provocados por um plano da Opep+ para cortar a oferta estão diminuindo a demanda mundial de petróleo”, disse a agência com sede na capital francesa, que inclui os Estados Unidos e outros países consumidores importantes. “Com pressões inflacionárias implacáveis e aumentos das taxas de juros cobrando seu preço, as cotações mais altas do petróleo podem ser o ponto de inflexão para uma economia global já à beira da recessão”, acrescentou em seu relatório mensal do petróleo. O alerta da agência destaca uma divergência com a Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo e líder de fato da Opep.

Produtores

O presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu “consequências” não especificadas para as relações com a Arábia Saudita após a medida da Opep+, mas Riad rejeitou as críticas e disse que a medida não era política e visava equilibrar o mercado e conter a volatilidade. As perdas reais de oferta provavelmente serão de cerca de 1 milhão de barris por dia e não os 2 milhões de barris anunciados pela Opep+, bloco que une o clube de produtores e aliados como a Rússia, disse a AIE. As restrições de capacidade que afetam a produção em outros membros da Opep significam que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos entregarão a maior parte das reduções, disse a AIE, enquanto novas sanções do G7 e da União Europeia à Rússia podem restringir ainda mais a oferta global.
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