Haddad convida e Galípolo aceita Secretaria-executiva da Fazenda

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Publicado Terça, 13 de Dezembro de 2022 às 12:26, por: CdB

Galípolo participou, nesta tarde, de reunião com o futuro ministro da Fazenda e parte da equipe do ministro da Economia, o empresário Paulo Guedes. Um dos conselheiros do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre mercado financeiro, o ex-banqueiro ganhou a confiança de Haddad.

Por Redação - de Brasília
Futuro ministro da Fazenda, o professor universitário Fernando Haddad convidou e o ex-banqueiro Gabriel Galípolo, 40, aceitou nesta terça-feira o cargo de secretário-executivo da pasta. O posto tem sido ocupado, ao longo das últimas décadas, por nomes com experiência na condução dos negócios públicos.
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O ex-banqueiro Galípolo participou da privatização de empresas públicas, entre elas a Cedae
Galípolo participou, nesta tarde, de reunião com o futuro ministro da Fazenda e parte da equipe do ministro da Economia, o empresário Paulo Guedes. Um dos conselheiros do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre mercado financeiro, o ex-banqueiro ganhou a confiança de Haddad ao participar da coordenação do plano de governo do ex-prefeito na disputa pelo Estado de São Paulo. O futuro secretário-executivo, durante a campanha eleitoral, teve presença decisiva nos encontros entre Haddad e indecisos do mercado financeiro; além de ter participado de jantares com a presença de Lula. Atualmente, ele participa do grupo de trabalho dedicado à elaboração dos planos do futuro presidente petista para a economia. O ex-banqueiro chegou até a ser cotado para o comando do BNDES, o que não se confirmou.

Mercado

O futuro ministro da Fazenda deixou em aberto se iria anunciar, nas próximas horas, outros nomes da sua equipe, ciente que qualquer movimento será acompanhado de perto por investidores do mercado financeiro. Na véspera, o simples boato sobre a possibilidade de o PT alterar a Lei das Estatais, permitindo que Mercadante possa ser indicado para comandar o BNDES, assim como outras nomeações políticas, derrubou a Bolsa e levou à alta do dólar. Analistas financeiros têm se preocupado com a sustentabilidade fiscal diante de uma equipe mais favorável a aumento de gastos públicos, em um cenário em que o governo eleito já busca elevar despesas em ao menos R$ 168 bilhões, de acordo com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Bolsa Família, que tramita agora na Câmara dos Deputados. A ata divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), nesta manhã, sinaliza que o Banco Central (BC) tem considerado o impacto de "estímulos fiscais significativos" tende a ser maior sobre a inflação do que sobre a atividade econômica em um ambiente de baixa ociosidade. O executivo dirigiu o Banco Fator de 2017 a 2021, em campo oposto à gestão petista, com participação, seja na presidência ou na diretoria de novos negócios do banco, no desenho das privatizações das privatizações da Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp) e da Companhia de Águas e Esgotos do Rio (Cedae).
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