Governador de São Paulo diminui importância das pesquisas eleitorais

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Publicado Quarta, 30 de Janeiro de 2002 às 17:04, por: CdB

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse nesta quarta-feira que a subida do presidenciável e governador Anthony Garotinho (PSB-RJ) na pesquisa CNT-Sensus não tem valor político. Com 15,1% de intenção de votos, Garotinho obteve um salto de 7 pontos percentuais na preferência dos eleitores, em relação à consulta anterior. "Ninguém pode contestar o valor matemático, mas a nove meses da eleição, o valor político é muito pequeno. Então, são ondas né, tem uma, depois tem outra, mas é muito cedo para tratar dessas questões", afirmou. Para Alckmin, pesquisa de intenção de voto não pode ser usada nem como instrumento para composição de futuras alianças. "Tem gente que se ilude com pesquisa, se entusiasma, acha que já ganhou, mas vamos dar um desconto e pôr os pés no chão", disse. O governador de São Paulo negou que a avaliação tenha como alvo a candidatura da governadora Roseana Sarney (PFL-MA), melhor colocada nas pesquisas do que o ministro tucano José Serra (Saúde). Para o PFL, o critério para definir o cabeça da possível chapa única da aliança governista deve ser o das pesquisas. Alckmin contesta esse critério mas reafirma que a aliança PSDB-PMDB-PFL deve ser preservada. "Cada partido vai defender que seu candidato seja cabeça de chapa, mas é o tempo que vai estabelecer qual a melhor composição." As convenções serão em junho. "A posição do candidato na pesquisa é um fator importante, mas não é o único, tem muito tempo até lá", disse Alckmin. Na última pesquisa CNT-Sensus, Roseana ficou em segundo lugar, com 22,7% das preferências, contra 26,1% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT ). Serra obteve 7%, atrás de Garotinho e do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PPS), com 7,4%. Sobre os recentes movimentos de aproximação do PSDB e do PMDB, com o objetivo de compor a chapa presidencial, Alckmin considera a atitude natural. "É claro, hoje, que o PFL tem uma candidatura mais definida. O PMDB, não", disse Alckmin, referindo-se a indefinição do PMDB, rachado entre grupos opostos: um a favor de candidatura própria, e outro, de apoio ao governo federal para indicar o vice de Serra. "Acho essa disposição de setores do PMDB, de buscar o diálogo, um caminho comum, muito importante", disse Alckmin. Em relação à declaração do presidente Fernando Henrique Cardoso, em uma revista semanal, referindo-se a São Paulo como uma "esculhambação", o governador Alckmin disse que houve um equívoco. "O presidente tomou a iniciativa de me ligar, na sexta-feira (25), após ler a revista, e disse: ´Isto aqui está equivocado, até porque eu não costumo usar esses termos´. Eu disse que a ele que ficasse tranqüilo, que nem precisava ter se incomodado", explicou Alckmin.

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