Resultados adiantados ao CdB mostram que Gleisi Hoffmann sai fortalecida após a eleição interna do PT. A chapa do prefeito Washington Quaquá, atual presidente estadual do PT, e da deputada Benedita da Silva teve 33,63%. A segunda colocada, 11,95% e a terceira 11,64
Por Redação - do Rio de Janeiro
Em pleno processo de reconstrução, o PT foi às urnas para renovar seu quadro de dirigentes. O Processo de Eleições Diretas (PED) escolheu os representantes municipais e delegados para os congressos estaduais. Trata-se, no entanto, de uma prévia para a eleição nacional e, segundo levantamento do Correio do Brasil, a candidata Gleisi Hoffmann saiu na frente, no Rio de Janeiro.
Resultados adiantados ao CdB mostram que “a chapa do prefeito Washington Quaquá, atual presidente estadual do PT, e da deputada Benedita da Silva teve 33,63%. A segunda colocada, 11,95% e a terceira 11,64. A chapa do Muda PT, que apoia a candidatura do senador Lindbergh Farias, teve apenas 8,28%”, adiantou um militante petista, presente à apuração dos votos. A maioria dos delegados segue, assim, para Hoffmann.
O processo culmina nos dias 1.º, 2 e 3 de junho, em Brasília, com o 6.º Congresso Nacional da legenda, com a escolha da direção nacional. Caberá aos novos dirigentes definir os rumos do partido após o golpe que cassou a presidenta Dilma Rousseff. Pesa, ainda, sob os ombros dos próximos dirigentes, a derrota histórica nas eleições municipais de 2016 e a prisão de petistas históricos, a exemplo do ex-ministro José Dirceu.
Com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), a senadora Gleisi Hoffmann (PR) ganha força, na base do partido, para concorrer à presidência nacional. O senador Lindbergh Farias (RJ) também tentava viabilizar a candidatura, mas o quadro ficou mais difícil.
Milhares de inscritos
Ao todo, correntes internas e filiados ao Partido inscreveram dez teses. Estas servirão de base para a elaboração do novo programa partidário. Tendem, assim, a definir o futuro da legenda. Os principais textos mostram que o PT precisará escolher entre duas propostas. Uma de esquerda conciliadora, a exemplo dos governos de Lula, ou a radicalização do discurso. Neste caso, seria uma volta aos primeiros anos após a fundação do partido, nos anos 80 do século passado.
A autocrítica que o partido deve fazer em relação aos erros cometidos no governo também está em pauta. Após 13 anos à frente da máquina estatal, os casos de corrupção envolvendo petistas serão avaliados.
Em todo o país, 62 mil pessoas se inscreveram para disputar cargos de direção municipais. A eleição ocorre em 4,1 mil cidades. Os números impressionam. Em 2013, porém, o número de inscritos superou 90 mil pessoas.