GDias chegou à sede da PF às 9h para tentar esclarecer sobre sua ida ao Palácio do Planalto no dia dos ataques e a sua relação com os invasores. O ex-ministro foi questionado também sobre os motivos de não ter liberado as imagens da câmera de segurança que o mostram no Palácio durante os ataques.
Por Redação - de Brasíllia
O agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias, ou GDias como é conhecido, deixou a sede da Polícia Federal após prestar mais de cinco horas de depoimento aos investigadores sobre os ataques de 8 de janeiro. O militar deixou o local por volta das 13h30, sem falar com os repórteres.
GDias chegou à sede da PF às 9h para tentar esclarecer sobre sua ida ao Palácio do Planalto no dia dos ataques e a sua relação com os invasores. O ex-ministro foi questionado também sobre os motivos de não ter liberado as imagens da câmera de segurança que o mostram no Palácio durante os ataques. O depoimento ocorre após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nas imagens, obtidas pela rede norte-americana de TV CNN Brasil, é possível ver Dias orientando os responsáveis pelos atos a deixar o Planalto. Segundo as filmagens, às 16h29, Gonçalves Dias andava pelo terceiro andar do Palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. Ele tenta abrir duas portas e depois entra no local.
Gravações
Minutos depois, o general aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns dos responsáveis pelos atos. As gravações sugerem, segundo a CNN, que ele indicava a saída de emergência ao grupo. Depois, outros integrantes do GSI também aparecem nas imagens, parecendo indicar o caminho de saída aos invasores que estavam no terceiro andar do prédio.
Após a repercussão das gravações, GDias pediu demissão. O ex-interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, assumirá a pasta interinamente. Os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas na tarde de 8 de janeiro. O objetivo do movimento foi um golpe de Estado, fracassado após a defesa institucional da democracia brasileira.